Oh I wanna talk to you
- Eu sei. - Respondi em um murmuro, engolindo em seco e começando a suar frio. Olhei em volta, Ana e Daniel quase davam um ataque por mim, desculpando-se em silêncio por terem feito aquilo tudo. Não era culpa deles. E mesmo que fossem, uma hora ou outra Carlos iria saber, de qualquer jeito... E eu sabia que isso iria acontecer quando aceitei aquele pedido de namoro. Não posso voltar atrás.
Eu não podia voltar atrás, mas isso não significava que eu estava tranquila.
Pelo contrário. As minhas mãos tremiam assustadoramente quando meu irmão chamou pelo meu nome mais uma vez, e eu tive que respirar fundo quatro vezes seguidas até encarar seus olhos. Eles estavam completamente furiosos, e aquilo não ajudava em nada, pelo contrário, apenas me dava mais medo.
- Você está namorando?
- Sim. - Minha voz não passava de um murmuro.
- E por favor, não me diga que é com quem estou pensando... Miley, por favor...
- Eu acho que você não vai querer saber disso.
- Com o Luke? - Carlos ignorou totalmente o que eu disse, pronunciando aquele nome com nojo e desgosto. - Você está namorando com aquele imbecil?
- Bom... Estou, mas...
- O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? - Ele gritou, me assustando. - Tanto cara por aí, e você escolhe ele?! Isso tudo é pra me provocar ou o que?
- Claro que não Carlos, eu gosto del...
- Gosta o caramba!! - Me interrompeu, aumentando cada vez mais o volume de sua voz. - Você nem o conhece direito e já está namorando, que porra é essa? VOCÊ POR ACASO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO?
- Para de falar assim, mas é claro que eu gosto dele, se não gostasse não teria aceitado o pedido de namoro. - Respondi, ganhando um pouco mais de confiança, tentando espantar o medo da cara assustadora que meu irmão fazia.
- Desde quando? Desde quando esse namoro idiota?
- Desde ontem...
- Bom, então esse vai ser o namoro mais curto que eu já vi. Um namoro de um dia só. Porque você vai terminar com ele.
- O que? Não vou não!
- Vai sim. Agora. Ligue para ele e termina isso. - Carlos disse, como se aquilo fosse encerrar nossa conversa, mas ele estava enganado. Aquilo me deixou furiosa, e agora era a minha vez de gritar.
- Eu não vou fazer nada do que você tá falando! Essa é a minha vida, e eu tenho todo o direito de escolher com quem eu me relaciono!
- Você não vai, Miley, VOCÊ NÃO VAI ficar com esse filho da puta! Eu tenho nojo dele, nojo do que ele já fez, nojo do que ele é!
- Para de defender tanto o Logan, eu não tenho nada a ver com o problemas que eles tiveram! Para de revirar o passado e querer arranjar desculpas para não gostar dele! A verdade é que você não gosta de Luke por motivo nenhum!
- O Logan é meu amigo, e foi através das atitudes do Luke em cima dele que eu descobri que ele não vale nada. E eu não quero você com aquele imbecil, não quero você perto dele!
- Eu acho melhor você aceitar logo esse namoro, Carlos, porque eu vou ficar com o Luke sim. Eu gosto muito dele, estou feliz com essa decisão, e isso me ajuda.
- Você só pode estar maluca! MALUCA! - Meu irmão mais velho bateu palmas, completamente irônico. Aquilo estava me deixando ainda mais nervosa.
- Estou ouvindo os gritos lá de fora, o que é isso?! - Kelly apareceu na sala, assustada e só então eu percebi que não havia só nós dois ali. Ana e Danny observavam a briga em um canto, assustados.
- A Miley ficou completamente maluca, Kelly! Ela está namorando com aquele filha da mãe! - Ele gritou e ficou um tempo pensativo, até voltar sua atenção à mim. - Eu já devia ter cortado isso quando descobri que vocês se conheciam... Que eram da mesma sala, mas não, eu fui um idiota e deixei isso prosseguir. Só que nunca passou pela minha cabeça que vocês começassem a namorar!
- Pois é, mas eu acho que você pode começar a respeitar, porque eu estou namorando com ele e isso não vai mudar.
- Respeitar? O namoro de vocês?! Pra começar isso nem é namoro, ele só está te fazendo de boba e você caindo facilmente, porque ele conseguiu te iludir com declarações toscas! - Carlos quase cuspia tudo aquilo na minha cara, com uma expressão de desprezo, e aquilo me machucava. - Eu estou cansado disso, Miley. Você VAI terminar com ele. Luke não coloca os pés aqui em casa mais, e enquanto você não acabar com essa babaquice, não vai sair de casa mais. Será de casa para a escola e da escola para casa!
- O QUE?! - Aquilo já era um extremo absurdo. - Você não é meu pai, você é só meu irmão e não tem poder nenhum sobre mim! Eu não te devo respeito Carlos, eu não preciso fazer o que você manda porque você é apenas meu irmão, mais nada! - Gritei, com tanta raiva que nem fiz questão de medir minhas palavras, elas apenas saíram. Carlos se calou de imediato, o que eu não esperava, não gritou e nem rebateu. Apenas me lançou um olhar, um olhar que me fez arrepender-se imediatamente de cada palavra. Ele estava magoado com o que eu havia dito. Seu olhar era de pura decepção. Aquilo me fez dar uma dor no coração, mas não significava que eu faria o que ele pediu, até porque é tudo muito bobo e sem sentido.
Para evitar mais brigas, eu apenas suspirei e decidi fazer algo, que acho que seria melhor para todos. Subi as escadas às pressas, chegando até meu quarto e indo direto para o closet. Peguei a maior mala de viajem que eu tinha, uma roxa, e abri-a em cima da cama. Peguei um monte de peças de roupas minhas, as mais importantes e fui colocando tudo dentro da mala, sem fazer questão de dobrar. Coloquei também alguns acessórios, coisas como escovas de dentes, shampoo, etc. Algumas maquiagens, alguns sapatos e mais algumas coisinhas. Em cerca de apenas quinze minutos já estava tudo pronto. Fechei-a e coloquei no chão. Estava bem pesada, mas pelo menos era de rodinhas. Desci as escadas, direcionando meu olhar para a sala quando ela chegou em meu campo de visão. Carlos passava a mão pelo rosto enquanto Kelly estava sentada ao seu lado, acariciando seus cabelos e murmurando coisas em seu ouvido. Ana e Danny estavam sentados do outro lado, completamente envergonhados e sem-graça. Quando o barulho da mala começou a ecoar, todos redirecionaram seus olhares para mim.
- O que é isso? - Carlos perguntou, sem expressão, assim que acabei de descer as escadas.
- Eu acho que nós precisamos de um tempo. Eu não consigo ficar aqui, Carlos. Não dá pra conviver com você me julgando todos os dias por estar namorando com o Luke.
- Você não pode sair daqui. - Ele levantou-se imediatamente, com a cara sofrida. - Não pode sair da sua própria casa assim...
- Eu preciso. Sei que você não vai aceitar esse namoro, sei que você não vai aceitar nada, e acho melhor não ficar aqui... Por pelo menos alguns dias.
- Alguns dias?
- Ou semanas. Meses... Eu não sei. - Podia parecer que não, mas aquilo me machucava. Tudo aquilo machucava.
- Não. Por favor, você não pode...
- Desculpa. - Foi tudo que consegui dizer, indo até a porta. Meus dois amigos vieram atrás de mim.
- Você vai fazer isso mesmo? - Daniel sussurrou e eu assenti.
- Se você quiser, pode ficar lá em casa, My.
- Eu já sei pra onde vou, Ana. Vou pra casa do Luke.
- Vai pra casa dele?! - Carlos apareceu na minha frente, gritando como antes. - Como pode ser tão trouxa, tão iludida?! - As lágrimas que estavam presas queriam começar a cair depois que ouvi aquilo. Então, com uma raiva gigante de Carlos pelas palavras que me magoaram, eu apenas sai daquela casa, batendo a porta com força. Limpei algumas gotas de água que escorriam pelo meu rosto e fui às pressas até meu carro, guardando a mala com uma certa dificuldade no porta-malas. Entrei nele, não dando qualquer tipo de satisfação para os seguranças, nem para os que eram meus amigos. Apenas fui o mais depressa possível para a casa de Lukey, na esperança que ele me ajudasse de alguma forma.
Não demorou muito, contando a velocidade que eu ia, para chegar à casa dele. Desci correndo, e bati na porta um milhão de vezes, até ele atender com uma carinha de sono. Vendo o meu rosto, que com certeza não estava muito bom, Luke arregalou os olhos.
- O que aconteceu? - Sussurrou e eu voltei a chorar, porque segurar lágrimas não é o meu forte.
- Luke... Deu tudo errado. Tudo.
- Vem cá. - Ele me puxou para um abraço e bateu a porta atrás de nós. Acariciando meus cabelos, perguntou o que havia acontecido, e com a voz embargada, eu lhe contei tudo. Todas as palavras de Carlos, que eu sabia de cor porque não saiam de minha cabeça. Contei o jeito que ele havia ficado e a minha decisão de sair de casa. Sentado ao meu lado, o loiro escutou tudo com paciência.
- Isso foi horrível, My... Me desculpa por ter que fazer você passar por tudo isso.
- Não é culpa sua, claro que não é.
- Olha, você pode ficar aqui em casa o tempo que quiser. Isso daqui vai sempre estar aberto pra quando você quiser vim, ok? Só que você tem que se resolver com seu irmão...
- Não estou nem um pouco afim de me resolver com ele. Tudo bem que tinha coisas que eu não deveria ter dito mas, poxa, ele devia aceitar.
- Eu sei. Olha, toma um banho pra você dormir, deve estar exausta. Pode deixar que eu pego sua mala no teu carro. - Apenas assenti, dando-lhe um selinho demorado como forma de agradecimento por tudo e subi as escadas, suspirando um pouco aliviada.
[...]
- Luke! - Ri mais uma vez e ele me acompanhou, mas sem deixar de me beijar, passando a mão pelo meu corpo. As coisas estavam esquentando desde que ele caiu em cima de mim na cama, depois de uma briguinha boba. E o loiro estava cada vez mais... ousado. - Lukey, que ousadia é essa? - gargalhei e ele rolou os olhos rindo, distribuindo selinhos por todo o meu rosto.
- Você é maravilhosa, eu não tenho culpa. - Beijamos mais uma vez, e sua mão agora brincava com a barra da blusa do meu pijama. Ele ia subindo-a aos poucos, e quando chegou até os meus seios, eu parti o beijo de forma delicada.
- Luke, eu gosto muito de você, mas... Estamos namorando a um dia praticamente... Acho que as coisas estão apressadas demais.
- Ah sim. - Ele ficou um tempo raciocinando, como se voltasse ao seu normal e sentou-se do meu lado. - Desculpe. Eu não consegui me controlar.
- Tudo bem. - Sorri e dei um selinho demorando nele. - Estou com sono...
- Pode ir dormir, amor. Você precisa descansar. Boa noite.
- Boa noite, Lukey. - Trocamos alguns beijos e o loiro desligou o abajur, não demorando muito tempo para que eu também "desligasse".
[...]
2 dias depois.
- Miley Jones, você dorme demais! - Luke gritou e eu apenas ri, me espreguiçando. - Como pode?
- Nem eu sei responder essa pergunta.
- Mas também nem precisa. - Ele abriu a porta de seu quarto, e eu encarei-o, percebendo um certo ar de preocupação em sua expressão. - Temos outras coisas mais importantes para se preocupar.
- O que aconteceu? - Sentei-me na cama imediatamente, preocupada.
- Carlos está lá embaixo. Ele mal olhou na minha cara, está com raiva. Apenas murmurou que precisa urgentemente conversar com você.
- Ele está lá embaixo?
- Na sala.
- Oh não. - Murmurei, sentindo meu coração disparar. Fazia dois dias que eu não dava sinal de vida, não atendia suas ligações nem respondia suas mensagens. Não era a melhor atitude para se tomar mas era o único jeito que eu havia encontrado para não iniciar uma briga. Eu não estava com raiva de Carlos... Pelo menos não tanto como eu estava a dois dias atrás. Mas o que me preocupava era o fato dele, talvez, ter aumentado sua raiva ao invés de ter diminuído.
- Miley, você já está a dois dias sem dar satisfação, acho que não deve se esconder mais dele.
- Eu vou descer sim. Estou indo. - Respondi, decidida e ele sorriu, saindo do quarto. Respirei fundo. Peguei uma roupa qualquer, fui até o banheiro fazer a minha rotina de sempre.
Demorei um pouco para descer as escadas. Na verdade, eu não queria ver meu irmão, mas eu sabia que se não fosse agora, seria depois porque querendo ou não, essa hora iria chegar.
- Pensei que você não ia querer vim aqui.
- Eu não ia mesmo. - Respondi, seca. Carlos suspirou profundamente.
- Eu estive pensando nesses dois dias que se passaram, Miley... Acho que nós fizemos tudo errado. Não era pra mim ter agido daquela forma, mas também não era pra você ter tomando uma atitude como aquela e ter saído de casa.- Eu precisava fazer aquilo porque eu sabia que você não ia me deixar em paz.
- É claro que eu não iria. Eu não apoio esse namoro, não me dou bem com o Luke... Mas você sabe que se eu briguei contigo é porque eu me preocupo com você. - Carlos murmurou e eu apenas fiquei olhando-o, prestando atenção em tudo que ele dizia. - Eu sei o quanto você sofre pela ausência dos nossos pais, My. Eu não posso substituir nenhum dos dois, mas eu faço o máximo pra te proteger, e se eu fiz tudo que fiz, é porque eu te amo, maninha. - Suspirou. - Eu só vim aqui para te dizer que a casa tá meio vazia sem as suas maluquices e as suas reclamações... Eu e Tom queríamos muito que você voltasse. - Meu irmão sorriu e dei a volta para sair da casa, mas eu fui mais rápida e corri até ele, lhe dando um abraço forte. Meus olhos estavam levemente embaçados pelas palavras que Los havia dito, porque aquele assunto... De certa forma, mexia comigo. Ficamos um bom tempo apenas naquele abraço.
- Eu vou voltar pra casa. - Sussurrei e ele me fitou.
- Sério?
- Sim. Se você prometer que não...
- Não precisa terminar com o Luke. Desde que não o leve para casa quando eu estiver lá... Não farei nada.
- Obrigada, Carlos. De verdade. - Sorri e ele retribuiu, me abraçando mais uma vez, apertado.
[...]
- Eu tava com muita saudade de voooooocê!
- Mas eu só fiquei fora por dois dias. - Ri.
- Mas é como se tivesse ficado por meses. - Tom sorriu e eu ri mais uma vez, lhe abraçando novamente. - Ah, só pra avisar... Eu peguei alguns pôsteres do seu quarto e sua televisão também. Ah, é alguns livros, e cds, e...
- O que?!
- Eu pensei que você ia ficar fora por semanas, então, aproveitei. - Ele respondeu simplesmente, na maior cara de pau.
- Ah, que bonitinho. Muito bonitinho. Por que não aproveitou e fez uma festinha com seus amigos lá no meu quarto? - perguntei ironicamente enquanto subia as escadas da minha casa com as malas.
- Bom... Caso sua cama esteja um pouco suja de refrigerante, eu não sei quem foi...
- Você tá brincando! - Olhei pra ele, incrédula e Tom riu.
- Tô sim. Eu sou meio maluco mas não chego a ser você. - Rimos.
- Agradeça por isso. - Acabei de subir as escadas e cheguei até meu quarto. Tirando alguns pôsteres, minha televisão, alguns cds e livros e outras coisas, estava tudo ok. Depois pego tudo no quarto do Tom. Me joguei na minha cama e suspirei. Luke havia aceitado numa boa eu ter voltado pra casa, até incentivou falando que estava feliz por eu ter voltado as pazes com o meu irmão. Eu também estava feliz por isso.
Alguns dias depois.
- Eu não acredito que você não percebeu! - Luke morria de rir da minha cara, enquanto eu apenas bufava, mas ainda sim sorria.
- Juro que não percebi.
- Como você não percebeu que tava indo pra escola de pijama?
- Sabe que horas eu fui dormir ontem, Lukey? Uma da manhã. Não dá pra dormir uma da manhã, acordar seis e estar completamente normal. - Respondi, rindo da cara que ele fez.
- Você tem sorte que eu te emprestei essa calça de moletom.
- Que está bem comprida pra mim né, mas dá pra sobreviver a um dia de cafonice.
- Ah, amor. Não tá cafona. - Ele me deu um selinho e riu mais ainda quando cruzei os braços e rolei os olhos. Eu havia esquecido até mesmo de trocar de roupa para ir para a escola, por isso estava com a minha blusa do pijama, a calça do pijama por baixo da preta de moletom que Luke havia me emprestado - pra não ficar tão mico como já estava - e meu all star preto, única coisa decente que lembrei de colocar. Isso que dá ficar duas semanas sem sair de casa direito... Era segunda, primeiro dia de aula para mim depois do acidente e do repouso. Havia passado no médico e estava tudo ok, ou seja, minha vida havia voltado ao normal... Ou não. Mas tirando a festa de Kendall, que ouvi falar que bombou mas não quis saber de detalhes porque iria passar vontade, não foi tão chato assim ficar sem fazer nada.
- Claro que está. - Disse, e assim que meu namorado ia responder, o sinal tocou anunciando o começo das aulas.
- Vamos. Temos prova de matemática no primeiro horário.
- Ah, sério? - Perguntei com tédio.
- Uhum.
- Eu nem sabia disso, não estudei absolutamente nada.
- Não é nada difícil não. Se você quiser, te passo cola, por mais que seja...
- Você ainda pergunta? É claro que eu quero cola. - Suspirei. Eu tava estudando pras provas ultimamente, tirando notas boas, colando raramente...
- Não é certo, mas tudo bem. Não recuso nada pra você.
- Que mentiroso! - Quase gritei, atraindo alguns olhares enquanto subíamos as escadas para ir até a sala. - Aquele dia que eu tava na sua casa você me recusou brigadeiro!
- Mas isso já é uma coisa muito difícil de ser compartilhada, amor. - Ele sorriu sacana e eu mostrei a língua.
- Ah não, vamos logo.
[...]
Bufei pela vigésima vez e abaixei minha cabeça na carteira. Que merda que era aquela? Logan não parava de me encarar, um segundo sequer! Desde que eu havia chegado na sala, feito aquela prova, o segundo horário e agora o terceiro... Sempre que eu olhava para o lado lá estava ele me fitando, pior que era sem expressão, o rosto dele estava neutro, eu não sabia o que se passava pela sua cabeça... Qual o problema do Henderson, afinal?
Um papel dobrado voou até minha mesa, e eu apostava um bombom que era a Ana me perguntando alguma coisa. E era mesmo. A gente sempre conversava por papeis.
"Por que o Logan não para de te encarar como se quisesse te matar?"
"Eu vou saber? Também tô me fazendo a mesma pergunta, e fala sério, isso tá me incomodando demais."
Passei a folha com cuidado para trás para que a professora de ciências não percebesse. Ela é do tipo louca, que se ver o papel, pegaria-o e leria para a sala toda.
"É por causa do Luke"
"Eu sei disso, né. Ele sabe que estamos namorando. Aliás, Logan foi o primeiro a saber, até mesmo antes disso ser verdade"
Não deu tempo que Ana respondesse. O sinal bateu anunciando agora o intervalo. Respirei fundo e me levantei, esperando Luke fazer mesmo. Ele se levantava da carteira lentamente, lendo atentamente uma folha.
- My... My, eu preciso conversar com a professora de ciências sobre a minha nota. Sério, deve ter alguma coisa errada.
- Por que? - Franzi a testa.
- Essa nota está muito baixa comparada com o tanto que eu estudei. Jurava que tinha ido bem nessa prova e agora perco média? Tá errado.
- Quer que eu vá com você? Posso tentar ajudar.
- Não, tudo bem. Pode ir pro intervalo. Vou pra sala dos professores conversar com ela, daqui a pouco te procuro.
- Tudo bem. - Demos um beijo e Luke saiu, indo até a outra sala. Eu ia também, mas lembrei de pegar meu celular que estava dentro da mochila. os corredores das salas do segundo andar já estavam vazios, todos lá embaixo. Ana nem me esperou, que gracinha.
Tudo estava completamente normal, até eu passar por uma sala e uma mão tapar minha boca e me puxar para dentro da sala. Estava tudo escuro, e eu apenas senti essa pessoa me pegar pelo colo e me colocar em cima de uma carteira. Eu tentava gritar, mas minha voz ia ficando cada vez mais fraca quando fui sentindo aquele perfume, um perfume que eu conhecia tão bem... Até mais do que deveria. Ele acendeu a luz, e minhas suspeitas se confirmaram.
- Nossa, mas você gosta muito de fazer isso, né! Você a-d-o-r-a me pegar desprevenida e fazer essas coisas... Será que não poderia agir como uma pessoa normal e... - Mais uma vez, Logan colocou sua mão sobre minha boca, me impedindo de continuar.
- A gente precisa conversar, Miley. Então não começa com as suas frescuras, porque é sério. - Logan respondeu, completamente sério. Calando a minha boca e me fazendo acreditar que aquilo realmente não era brincadeira.
Continua.
* A frase no início do capítulo é da música Talk, do Coldplay. A tradução é "E eu quero conversar com você".
Olha só quer ressurgiu das profundezas das escuridãaaaao! Eu!
Gente, pensa numa vida corrida. Várias coisas acontecendo, minha cabeça tá um caos, vocês não fazem ideia! Não vou ficar entrando em muitos detalhes, mas eu só queria pedir desculpas pela imensa demora, e dizer que normalmente a fic não demora tanto assim. Quando minha vida voltar ao normal, o que eu espero que não demore, Surprise será postado com frequência. (Próximo capítulo capaz de não demorar porque estou ansiosa para escrever).
Mas claaaro gente, o que será que me motiva a continuar escrevendo? COMENTÁRIOOOOOS! Então por favor, comentem bastante pra mim, o que vocês acham que vai acontecer, o que vocês querem que aconteça e claro, se gostaram do capítulo! É importante ♥
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beijooooooooooos ♥
Amei continua Gih ta perfeito o capitulo!!!
ResponderExcluirObrigada amor, já leu o capítulo 31? Já foi postado haha ♥ Espero que goste!
ExcluirMeeeeeeu Deeeeeeeus!!!!!Altas tretas rolando! Continua logo,garota! Tô extremamente curiosa!
ResponderExcluirAltaaaas tretas mesmo hahaha u.u Já leu o capítulo 31 amor? Já foi postado xD Espero que goste, beijao ♥
ExcluirOdin!
ResponderExcluirQuanta treta, quero mais hein!!!!!!!!!
Enfim CONTINUAAAAAAAAAAA LOGO MENINA!
BEIJOS ♥♥♥♥
Vocês adoram uma treta, gente hahahaha u.u
ExcluirVai ter mais.
Já continuei faz tempo linda, já leu? Se ainda não, espero que goste e deixe um comentário divo pra mim ♥ haha beijãaao!
Mds que capítulo show, continua logo ♡
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigada linda ♥ Já continuei, você viu? Espero que goste xD Beijão --´´
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