But she has no idea, no idea
That I'm even here, I'm even here
Eu estava paralisada. Longos minutos se passaram, onde minha atenção estava apenas em uma pessoa e em minha cabeça se passava um turbilhão de lembranças. Eu não sabia exatamente como agir, porque não sabia que o encontraria novamente. Tudo bem, talvez um dia isso fosse acontecer, porque eu sei como o mundo é pequeno, mas não esperava que fosse tão cedo, que fosse... Hoje. Agora. Nessa rua, nessa sexta-feira, nesse contexto. Porra.
Engoli em seco, abaixando minha cabeça, procurando por palavras para dizer. Ouvi sua risada um pouco alta.
- Miley, você está bem? Parece que viu um fantasma. - Disse, divertido. Eu rapidamente fitei-o, com a sobrancelha franzida. Abri a boca diversas vezes, tentando me expressar.
- O que... O que você... Como...
- Se acalme. - Riu mais uma vez, se aproximando. Meus músculos se enrijeceram. - Você... parece que está com medo de mim. Por que?
- Ainda pergunta? - Fui irônica, suspirando.
- Ah... - Ele encarou o chão, colocando as mãos dentro do bolso de sua calça jeans preta. - Já faz bastante tempo que tudo aquilo aconteceu, eu pensei que tivesse esquecido.
- Nem que se passasse 20 anos, eu nunca vou esquecer o que você fez comigo e com a Ana. - Rosnei, cruzando os braços. Erick me encarou sem expressão e depois suspirou, deixando seus ombros relaxarem.
- Olha, eu sei... Mas, me desculpe. Eu sei que tudo que eu dizer não vai adiantar em nada, mas eu queria muito que você aceitasse as minhas desculpas, eu não faria aquilo novamente.
- Você deve achar que eu sou uma idiota, né? - Ri, ficando frente e frente com ele. Pude perceber que seus cabelos estavam mais claros que antes e ele estava mais pálido, o que dava contraste com o casaco preto que usava. Erick podia ser tudo que era, mas eu tinha que confessar que ele era muito bonito.
- Por que está dizendo isso?
- Não faria aquilo novamente? Eu duvido muito! Não tente me enganar com esse seu papinho, é em vão.
- Miley, pensa um pouco. - Ele rolou os olhos, me fitando. - Você acha mesmo que se eu fosse aquele cara que eu era, estaria aqui tendo uma conversa civilizada contigo? Estamos em uma rua escura e deserta e eu sou bem mais forte que você, poderia muito bem agarra-la a força e fazer o que eu quisesse. Inclusive, desde aquela vez, nunca mais nos vimos. Se eu quisesse me vingar, já teria feito isso.
- Hum, e o que te fez mudar de ideia então? - Perguntei, e ele demorou um pouco para responder, respirando fundo.
- Bem, agora eu tenho outras prioridades. - Pude perceber um pequeno sorriso no canto dos seus lábios. - Estou tentando formar uma banda.
- E enquanto a Ana? Eu tenho certeza que as coisas são sairiam normais se você pudesse encontrar com ela.
- A Ana... Bom, não mesmo. Eu teria muita coisa para dizer à ela. Começando com um pedido de desculpas, por tudo.
- Você matou o namorado dela. - Cuspi aquelas palavras, tocando naquele assunto que eu pensei que nunca mais falaria. Sempre foi um assunto muito delicado para todos. - Matou John e ainda obrigou Ana a ficar com você. Acha mesmo que um mísero pedido de desculpas ia apagar tudo?
- Miley, eu já disse que não matei John. - Erick murmurou entredentes, massageando as têmporas. Estava visivelmente tentando não ficar nervoso. Fechou os olhos, respirando com força. Eu fiquei olhando-o, me sentindo cômica. Estava ali, na frente do Erick, o cara que sempre infernizou a vida de todo mundo e ele estava se redimindo. Que patético.
- Ah, não? - Soltei uma risadinha sarcástica. - Você havia falado para ele, na minha frente inclusive, que o mataria. Minutos depois vocês dois sumiram e John apareceu morto enquanto você tinha desaparecido.
- E isso prova que fui eu?
- Não tinha ninguém naquela casa além de mim e dos meus amigos! Para de tentar se redimir, para de tentar negar o que é óbvio! - Gritei, irritada. Estava cansada de suas desculpas. Ele me encarou sem expressão.
- Não quero discutir com você, Miley. Não depois de ter ficado todo esse tempo sem te ver. Eu me arrependo de tudo que fiz com você, com Ana e com todos. Por que é tão difícil acreditar em mim?
- Você sabe. - Murmurei, soltando uma risada sem humor. Olhei-o de cima em baixo e suspirei. Erick parecia mais forte fisicamente. - Mas... Você não me parece o Erick de antes, as vezes.
- Porque eu não sou. - Rebateu, firme. Fiquei encarando-o por um longo período de tempo, sem dizer nada. Ele parecia bem decidido e realmente, eu comecei a acreditar que ele estava mudado. Quer dizer, o que tinha dito fazia sentido, ele podia me sequestrar agora e fazer o que quisesse comigo, mas não, estava apenas tendo uma conversa comigo. Sem contar que ele havia sumido desde todo aquele episódio do meu sequestro e da Ana. Depois ele nunca mais apareceu em nossas vidas novamente.
Lembrei-me então, das ameaças que eu havia sofrido alguns tempos atrás.
Erick não era o responsável por aquilo. Eu sentia isso, porque se fosse ele, eu tenho certeza que as coisas seriam completamente diferentes. Eu não o conheço completamente, mas conheço o suficiente para perceber que ele não foi o culpado daquilo. Não podia ser. Eu acreditava que não.
- Erick, eu preciso ir. Mas... Espero que continue pensando dessa forma. Você fez coisas horríveis principalmente para a Ana.
- Sim, eu sei. - Ele abaixou a cabeça rapidamente. - Passei muito tempo pensando em tudo isso. - Ficou um tempo em silêncio, me encarando. - Tudo bem, eu já vou indo. Foi bom te ver novamente, Miley.
- Até algum dia, Erick. - Sorri fraco, acenando levemente e ele retribuiu o sorriso.
- Até algum dia. - Ele acenou com a cabeça e saiu andando. Fiquei no mesmo lugar, intacta, por um tempo, tentando absorver aquelas coisas na minha cabeça. Era meio difícil e ao mesmo tempo engraçado de acreditar que eu havia tido uma conversa normal com Erick Turner e que ele realmente havia mudado. Suspirei profundamente, e continuei caminhando até o restaurante, onde minha família esperava por mim.
Depois de alguns minutos, avistei-os sentados em uma mesa, olhando seus cardápios e conversando entre si. Sentei-me na cadeira vazia, pegando o cardápio também.
- Você demorou um pouco, filha. - Giselle comentou, sem desviar seu olhar.
- Não demorei não. Foi menos de uma hora.
- Demorou sim. Eu preciso dar uma notícia pra vocês e a minha mãe não deixou eu fazer isso enquanto você não chegasse. - Carlos disse cruzando os braços, emburrado.
- Que notícia? - Encarei-o, curiosa.
- Posso falar agora, mãe? - Ele provocou e Tom riu, ajeitando seu óculos.
- Claro, filho. - Ela sorriu. Um garçom veio até a nossa mesa e distribuiu suco de laranja em nossos copos, saindo com um sorriso em seguida. Tenho certeza que meus pais queriam pedir vinho mas não fizeram isso por causa de Tom. Mal sabe eles que o meu irmão mais novo já bebia, mesmo que fosse menos que eu ou Carlos.
- Certo. - Los limpou a garganta e fez um breve suspense, mantendo um sorriso no canto de seus lábios. Tomei um gole do meu suco. - Eu quero me casar com a Kelly. - Eu tive que me desviar um pouco assim que Tom cuspiu todo o suco que havia tomado. Arregalei meus olhos completamente quase fazendo o mesmo e tendo dificuldade para engolir o líquido.
- Que porra é essa? - Perguntei, chocada. Algumas pessoas ao redor nos encaravam.
- Ah não, Carlos! O que aconteceu? - Minha mãe perguntou, parecendo desesperada.
- Eu sabia! - Meu pai bateu a mão na mesa. - Eu sabia! Vocês não se protegeram! Eu sabia que isso ia acontecer, olha só o que aconteceu com essa juventude!
- Você acha mesmo, Gusttavo? - Giselle arregalou os olhos, fitando o marido. - Acha que Carlos está querendo casar com ela porque a garota está grávida?
- Mas é claro!
- Carlos! Eu sempre te alertei sobre essas coisas, vocês estão estragando o...
- Mãe! - Los gritou, parecendo completamente nervoso. Eu não conseguia dizer uma palavra, estava chocada demais. Quer dizer, Kelly seria minha cunhada? Que porra de feitiço é esse que ela tacou no meu irmão? - Ela não tá grávida, pelo amor de Deus!
- Como não? - Meu pai questionou, horrorizado. - Jovens da sua idade só casam por dois motivos: ou engravidaram a parceira ou fumaram muita droga. Você anda usando drogas, Carlos?
- Pai, para com isso, que merda! - Foi a vez do meu irmão bater com força a mão na mesa. - Jovens da minha idade se casam porque se apaixonam. E eu amo a Kelly e tenho certeza que ela é a mulher da minha vida.
- Como você pode ter tanta certeza? - Perguntei, ainda surpresa. - Você conseguiria passar o resto da sua vida com ela sem ao menos sentir vontade de beijar outras bocas?
- Definitivamente sim. - Carlos respondeu de forma tão firme que confesso que aquilo me surpreendeu. Um silêncio se instalou naquela mesa, todos pareciam pensativos demais para dizer alguma coisa.
- Bem filho, eu... Eu gosto de Kelly, ela é super simpática e tudo mais, mas... Eu não pensava que você já quisesse se casar com ela. - Minha mãe disse.
- Eu te entendo, mãe. Eu realmente pensei muito sobre isso e cheguei a essa conclusão. Ela se tornou tudo para mim, por mais idiota que isso possa soar vindo da minha boca. Mas eu estou falando sério. Eu não quero perdê-la, eu não me imagino sem ela.
- Awn que gracinha. - Tom disse rolando os olhos. Ele nunca foi muito sensível em relação a essas coisas.
- Eu só quero saber. Vocês apoiam? - Perguntou para os meus pais. Eu encarei-os, também ansiosa pela resposta. Eles se entreolharam e pareceram pensar um pouco, mas logo abriram sorrisos confortantes e um pouco preocupados ao mesmo tempo.
- Se você acha que esse é o melhor para a sua vida, é claro que apoiamos, querido.
- Só queremos que você tenha certeza do que está fazendo. - Meu pai completou a frase de Giselle. Los abriu um sorriso aliviado.
- Eu tenho certeza sim. Muito obrigada por isso.
- Vai ser maravilhoso ver o casamento do meu filho mais velho! - Ela vibrou, batendo palmas empolgadamente.
- Agora só falta mais dois para se casar. Primeiro Miley depois o Tom.
- Ah pai, acredite, é mais fácil o Tom se casar primeiro. - Respondi, abrindo o cardápio.
- O que? Mas e Luke? - Giselle questionou. Eu encarei-a séria, sem saber o que responder. Todos ali pareceram perceber o meu incômodo. Um silêncio constrangedor tomou conta.
- An... Eu... Não quero falar sobre isso. - Murmurei e por um milagre divino, ninguém ali resolveu questionar nada. Apenas pegaram seus cardápios e pediram suas comidas.
Uma semana depois.
- Então a festa surpresa vai ser só a que acontece às 9:00pm? - Perguntei, me sentindo uma completa idiota por não ter percebido aquilo. Ana, assim como minha mãe, reviraram os olhos discretamente.
- Sim. Carlos já sabe que os parentes dele vai vim aqui de tarde, mas pensa que de noite vai sair com a Kelly para algum lugar.
- Entendi. - Olhei o relógio que se localizava em uma das paredes da minha cozinha. - Agora são 5:00pm. Falta uma horas para as pessoas começarem a chegar. Vamos arrumar tudo só depois que elas forem embora?
- Sim, são poucas pessoas, só algumas tias e primas. Não vão demorar, vai dar tempo de arrumar a decoração e tudo mais.
- Mas eu e Logan já vamos providenciando a bebida agora. - Kendall se manifestou. Estava sentado na bancada, com um Logan distraído mexendo no celular ao seu lado.
- Podem ir, então. Desde que não deixem o Los desconfiar de nada.
- Vamos, Henderson. - O loiro puxou o amigo e eles se levantaram.
- Espera, o que exatamente vocês vão comprar? Cerveja?
- Cerveja, vodca, tequila, whisky para os mais animados, ice...
- Ok, já entendi. - Minha mãe engoliu em seco, assentindo lentamente com a cabeça. Eu quase ri da sua expressão. - Espero não me arrepender depois.
- Relaxa, tia. - Kendall riu e eles finalmente foram embora.
- James está lá em casa, confirmando com todo mundo que chamou para vim até aqui. - Ana disse.
- Temos que agradecer a Kelly por passar o número da lista de amigos dele que nós não conhecemos.
- É muita pessoa. - Falei, pensativa. - Eu não esperava tanta gente.
- Isso não é problema.
- Carlos está com a namorada na casa dela? - Tom perguntou, tirando o óculos e limpando-o na barra de sua camiseta do Batman.
- Sim. - Giselle deu de ombros.
- Eu já vou começar a baixar as músicas e colocar no pen drive. - Manifestei, saindo da cozinha. Ana me acompanhou, dizendo que me ajudaria. Fomos até meu quarto, peguei meu notebook e passamos uma hora escolhendo músicas com muita rigorosidade. Aquela tarefa era muito importante, porque deveríamos escolher as melhores músicas para a ocasião. São elas que deixam as festas animadas, além, é claro, das bebidas.
Quando faltava apenas algumas músicas para baixarmos, minha mãe bateu na porta do meu quarto, informando que já era seis horas e os nossos parentes já haviam chegado. Eu respirei fundo, me sentindo um pouco nervosa. Eu nunca tive nenhum tipo de contato com o resto da minha família, pelo menos não que eu me lembrasse. Eu mal conversava com os meus pais até um certo tempo atrás, imagina com os meus tios e avós? Simplesmente não sabia o que esperar.
- Miley, você tá achando que vai descer lá embaixo com essa roupa? - Ana questionou incrédula, assim que eu levantei-me para sair do quarto. Meu olhar foi dela até os meus trajes. Usava um cropped comum branco e uma jardineira jeans surrada.
- An... Sim?
- Não, nada disso. - Ela levantou-se, caminhando até meu closet. Segui-a, bufando. - Você vai conhecer seus parentes agora e precisa de uma roupa melhor. E precisa se arrumar também. Olha só o seu cabelo!
- Ana, você está pior que a minha mãe. - Murmurei, cruzando os braços, observando a minha amiga pegar roupas aleatórias e tentar combinar entre si. Não demorou muito para que ela me entregasse uma roupa e eu começasse a me trocar.
- Não quero discutir com você, Miley. Não depois de ter ficado todo esse tempo sem te ver. Eu me arrependo de tudo que fiz com você, com Ana e com todos. Por que é tão difícil acreditar em mim?
- Você sabe. - Murmurei, soltando uma risada sem humor. Olhei-o de cima em baixo e suspirei. Erick parecia mais forte fisicamente. - Mas... Você não me parece o Erick de antes, as vezes.
- Porque eu não sou. - Rebateu, firme. Fiquei encarando-o por um longo período de tempo, sem dizer nada. Ele parecia bem decidido e realmente, eu comecei a acreditar que ele estava mudado. Quer dizer, o que tinha dito fazia sentido, ele podia me sequestrar agora e fazer o que quisesse comigo, mas não, estava apenas tendo uma conversa comigo. Sem contar que ele havia sumido desde todo aquele episódio do meu sequestro e da Ana. Depois ele nunca mais apareceu em nossas vidas novamente.
Lembrei-me então, das ameaças que eu havia sofrido alguns tempos atrás.
Erick não era o responsável por aquilo. Eu sentia isso, porque se fosse ele, eu tenho certeza que as coisas seriam completamente diferentes. Eu não o conheço completamente, mas conheço o suficiente para perceber que ele não foi o culpado daquilo. Não podia ser. Eu acreditava que não.
- Erick, eu preciso ir. Mas... Espero que continue pensando dessa forma. Você fez coisas horríveis principalmente para a Ana.
- Sim, eu sei. - Ele abaixou a cabeça rapidamente. - Passei muito tempo pensando em tudo isso. - Ficou um tempo em silêncio, me encarando. - Tudo bem, eu já vou indo. Foi bom te ver novamente, Miley.
- Até algum dia, Erick. - Sorri fraco, acenando levemente e ele retribuiu o sorriso.
- Até algum dia. - Ele acenou com a cabeça e saiu andando. Fiquei no mesmo lugar, intacta, por um tempo, tentando absorver aquelas coisas na minha cabeça. Era meio difícil e ao mesmo tempo engraçado de acreditar que eu havia tido uma conversa normal com Erick Turner e que ele realmente havia mudado. Suspirei profundamente, e continuei caminhando até o restaurante, onde minha família esperava por mim.
Depois de alguns minutos, avistei-os sentados em uma mesa, olhando seus cardápios e conversando entre si. Sentei-me na cadeira vazia, pegando o cardápio também.
- Você demorou um pouco, filha. - Giselle comentou, sem desviar seu olhar.
- Não demorei não. Foi menos de uma hora.
- Demorou sim. Eu preciso dar uma notícia pra vocês e a minha mãe não deixou eu fazer isso enquanto você não chegasse. - Carlos disse cruzando os braços, emburrado.
- Que notícia? - Encarei-o, curiosa.
- Posso falar agora, mãe? - Ele provocou e Tom riu, ajeitando seu óculos.
- Claro, filho. - Ela sorriu. Um garçom veio até a nossa mesa e distribuiu suco de laranja em nossos copos, saindo com um sorriso em seguida. Tenho certeza que meus pais queriam pedir vinho mas não fizeram isso por causa de Tom. Mal sabe eles que o meu irmão mais novo já bebia, mesmo que fosse menos que eu ou Carlos.
- Certo. - Los limpou a garganta e fez um breve suspense, mantendo um sorriso no canto de seus lábios. Tomei um gole do meu suco. - Eu quero me casar com a Kelly. - Eu tive que me desviar um pouco assim que Tom cuspiu todo o suco que havia tomado. Arregalei meus olhos completamente quase fazendo o mesmo e tendo dificuldade para engolir o líquido.
- Que porra é essa? - Perguntei, chocada. Algumas pessoas ao redor nos encaravam.
- Ah não, Carlos! O que aconteceu? - Minha mãe perguntou, parecendo desesperada.
- Eu sabia! - Meu pai bateu a mão na mesa. - Eu sabia! Vocês não se protegeram! Eu sabia que isso ia acontecer, olha só o que aconteceu com essa juventude!
- Você acha mesmo, Gusttavo? - Giselle arregalou os olhos, fitando o marido. - Acha que Carlos está querendo casar com ela porque a garota está grávida?
- Mas é claro!
- Carlos! Eu sempre te alertei sobre essas coisas, vocês estão estragando o...
- Mãe! - Los gritou, parecendo completamente nervoso. Eu não conseguia dizer uma palavra, estava chocada demais. Quer dizer, Kelly seria minha cunhada? Que porra de feitiço é esse que ela tacou no meu irmão? - Ela não tá grávida, pelo amor de Deus!
- Como não? - Meu pai questionou, horrorizado. - Jovens da sua idade só casam por dois motivos: ou engravidaram a parceira ou fumaram muita droga. Você anda usando drogas, Carlos?
- Pai, para com isso, que merda! - Foi a vez do meu irmão bater com força a mão na mesa. - Jovens da minha idade se casam porque se apaixonam. E eu amo a Kelly e tenho certeza que ela é a mulher da minha vida.
- Como você pode ter tanta certeza? - Perguntei, ainda surpresa. - Você conseguiria passar o resto da sua vida com ela sem ao menos sentir vontade de beijar outras bocas?
- Definitivamente sim. - Carlos respondeu de forma tão firme que confesso que aquilo me surpreendeu. Um silêncio se instalou naquela mesa, todos pareciam pensativos demais para dizer alguma coisa.
- Bem filho, eu... Eu gosto de Kelly, ela é super simpática e tudo mais, mas... Eu não pensava que você já quisesse se casar com ela. - Minha mãe disse.
- Eu te entendo, mãe. Eu realmente pensei muito sobre isso e cheguei a essa conclusão. Ela se tornou tudo para mim, por mais idiota que isso possa soar vindo da minha boca. Mas eu estou falando sério. Eu não quero perdê-la, eu não me imagino sem ela.
- Awn que gracinha. - Tom disse rolando os olhos. Ele nunca foi muito sensível em relação a essas coisas.
- Eu só quero saber. Vocês apoiam? - Perguntou para os meus pais. Eu encarei-os, também ansiosa pela resposta. Eles se entreolharam e pareceram pensar um pouco, mas logo abriram sorrisos confortantes e um pouco preocupados ao mesmo tempo.
- Se você acha que esse é o melhor para a sua vida, é claro que apoiamos, querido.
- Só queremos que você tenha certeza do que está fazendo. - Meu pai completou a frase de Giselle. Los abriu um sorriso aliviado.
- Eu tenho certeza sim. Muito obrigada por isso.
- Vai ser maravilhoso ver o casamento do meu filho mais velho! - Ela vibrou, batendo palmas empolgadamente.
- Agora só falta mais dois para se casar. Primeiro Miley depois o Tom.
- Ah pai, acredite, é mais fácil o Tom se casar primeiro. - Respondi, abrindo o cardápio.
- O que? Mas e Luke? - Giselle questionou. Eu encarei-a séria, sem saber o que responder. Todos ali pareceram perceber o meu incômodo. Um silêncio constrangedor tomou conta.
- An... Eu... Não quero falar sobre isso. - Murmurei e por um milagre divino, ninguém ali resolveu questionar nada. Apenas pegaram seus cardápios e pediram suas comidas.
Uma semana depois.
- Então a festa surpresa vai ser só a que acontece às 9:00pm? - Perguntei, me sentindo uma completa idiota por não ter percebido aquilo. Ana, assim como minha mãe, reviraram os olhos discretamente.
- Sim. Carlos já sabe que os parentes dele vai vim aqui de tarde, mas pensa que de noite vai sair com a Kelly para algum lugar.
- Entendi. - Olhei o relógio que se localizava em uma das paredes da minha cozinha. - Agora são 5:00pm. Falta uma horas para as pessoas começarem a chegar. Vamos arrumar tudo só depois que elas forem embora?
- Sim, são poucas pessoas, só algumas tias e primas. Não vão demorar, vai dar tempo de arrumar a decoração e tudo mais.
- Mas eu e Logan já vamos providenciando a bebida agora. - Kendall se manifestou. Estava sentado na bancada, com um Logan distraído mexendo no celular ao seu lado.
- Podem ir, então. Desde que não deixem o Los desconfiar de nada.
- Vamos, Henderson. - O loiro puxou o amigo e eles se levantaram.
- Espera, o que exatamente vocês vão comprar? Cerveja?
- Cerveja, vodca, tequila, whisky para os mais animados, ice...
- Ok, já entendi. - Minha mãe engoliu em seco, assentindo lentamente com a cabeça. Eu quase ri da sua expressão. - Espero não me arrepender depois.
- Relaxa, tia. - Kendall riu e eles finalmente foram embora.
- James está lá em casa, confirmando com todo mundo que chamou para vim até aqui. - Ana disse.
- Temos que agradecer a Kelly por passar o número da lista de amigos dele que nós não conhecemos.
- É muita pessoa. - Falei, pensativa. - Eu não esperava tanta gente.
- Isso não é problema.
- Carlos está com a namorada na casa dela? - Tom perguntou, tirando o óculos e limpando-o na barra de sua camiseta do Batman.
- Sim. - Giselle deu de ombros.
- Eu já vou começar a baixar as músicas e colocar no pen drive. - Manifestei, saindo da cozinha. Ana me acompanhou, dizendo que me ajudaria. Fomos até meu quarto, peguei meu notebook e passamos uma hora escolhendo músicas com muita rigorosidade. Aquela tarefa era muito importante, porque deveríamos escolher as melhores músicas para a ocasião. São elas que deixam as festas animadas, além, é claro, das bebidas.
Quando faltava apenas algumas músicas para baixarmos, minha mãe bateu na porta do meu quarto, informando que já era seis horas e os nossos parentes já haviam chegado. Eu respirei fundo, me sentindo um pouco nervosa. Eu nunca tive nenhum tipo de contato com o resto da minha família, pelo menos não que eu me lembrasse. Eu mal conversava com os meus pais até um certo tempo atrás, imagina com os meus tios e avós? Simplesmente não sabia o que esperar.
- Miley, você tá achando que vai descer lá embaixo com essa roupa? - Ana questionou incrédula, assim que eu levantei-me para sair do quarto. Meu olhar foi dela até os meus trajes. Usava um cropped comum branco e uma jardineira jeans surrada.
- An... Sim?
- Não, nada disso. - Ela levantou-se, caminhando até meu closet. Segui-a, bufando. - Você vai conhecer seus parentes agora e precisa de uma roupa melhor. E precisa se arrumar também. Olha só o seu cabelo!
- Ana, você está pior que a minha mãe. - Murmurei, cruzando os braços, observando a minha amiga pegar roupas aleatórias e tentar combinar entre si. Não demorou muito para que ela me entregasse uma roupa e eu começasse a me trocar.
Assim que terminei de me vestir, descemos até a sala. Havia alguns poucos adolescentes e crianças, assim como mulheres que iam da faixa de 25 à 40 anos - na minha cabeça - e idosos. Eu fiquei perplexa por não me lembrar de ter visto nenhum rosto ali na vida.
- Miley, venha até aqui. - Minha mãe chamou-me. Estava sentada no sofá principal, conversando animadamente com algumas pessoas. Eu sorri tímida e fui até ela. Todos me encararam com sorrisos. Ela me apresentou para quatro mulheres e um homem. Duas delas eram minhas primas, Vanessa e Ketlyn, tinha por volta de 19 anos. As outras duas eram minhas tias, uma tinha 29 anos e a outra, 40. Chamavam-se Solange e Daniela. O homem, marido de Solange, era um cara bem novinho, seu nome era Jhony. Fui apresentada para todos ali presentes, que me encheram de perguntas sobre mim mesma. No começo, me senti um pouco fechada, afinal, era a primeira vez que aquilo acontecia. Era parentes maternos e paternos, e eu percebi, surpresa, que a minha família era bem grande. Por que eu não os conhecia? Não importava. Eram pessoas maravilhosas e eu estava gostando da presença deles.
Todos desejaram fervorosos parabéns para Carlos, assim que ele chegou acompanhado da francesa. O clima ficou ainda melhor, enquanto tomávamos refrigerante e comíamos alguns petiscos. Pela primeira vez na minha vida, eu me senti acolhida pela minha família. Fala sério, aquela era a minha família. E eu estava tendo um momento que eu nunca sequer imaginei ter. Estava sendo... fantástico e eu estava me sentindo bem.
Quando deu cerca de 8:00pm, todos já haviam ido embora. Não tinham ficado muito, mas já foi o suficiente para que muita conversa surgisse. Quando minha mãe fechou a porta depois que a última pessoa foi embora, eu, Carlos, Kelly, Ana, Tom e meu pai estávamos sentados na sala
- Foi incrível! - Giselle exclamou, sentando-se ao meu lado, nitidamente animada. - Todos nós nos damos muito bem, eu simplesmente amei tudo.
- Podíamos ter esses momentos mais vezes. - Escutamos Tom murmurar.
- Obvio que podemos! Vou providenciar mais tardes como essa.
- Los, vamos para a minha casa? - Kelly disse, com a voz manhosa. - Por favor, quero passar o resto do seu aniversário só com você.
- Bom, vocês se importam? - Meu irmão questionou, fitando minha mãe.
- Claro que não, pode ir! Divirtam-se! - Eles saíram depois de um tempo. Antes, Kelly passou do meu lado e piscou. Eu entendi aquilo e assenti. Ligaria para ela quando fosse para trazê-lo de volta.
- Certo, temos menos de uma hora! Ligue para os meninos, vamos organizar tudo! - Minha mãe ordenou. Em poucos minutos, todos já estavam ali. Logan e Kendall trouxeram inúmeros fardos de diferentes bebidas, colocando tudo na cozinha. Ana se juntou à Tom, James e meu pai para cuidarem da decoração, enquanto minha mãe cuidava e instruía os garçons que nos serviriam.
- Eu já chamei todo mundo, está tudo certo. - James me disse, e eu assenti.
- Como eu já fiz a minha parte, vou sair agora. Qualquer coisa, por favor, me liguem. - Informei e todos assentiram. Logan me lançou um olhar um pouco rígido, mas eu não liguei. Sai da minha casa e fui até meu carro, dando partida.
[...]
- An... Eu vim aqui para te fazer um convite. - Murmurei, com um sorriso fraco. Luke assentiu, sentando em seu sofá e me chamando para fazer o mesmo. Havíamos nos cumprimentado apenas com um selinho.
- Qual?
- Hoje é aniversário do Carlos. Vamos fazer uma festa surpresa. É algo bem parecido com aquela festa do Kendall, mas nessa é um aniversário e os meus pais vão estar lá. Na verdade, acho que eles vão permanecer naquela casa apenas por uns dez minutos e depois vão embora. Não estão acostumados com essas coisas. - Ri fraco e sorri de canto. - Queria perguntar se... Você quer ir?
- Não. - O loiro murmurou, firme. Eu arregalei um pouco os meus olhos, fitando-o. Fiquei surpresa com a sua sinceridade. Ele pigarreou, respirando fundo. - Miley, você sabe que seu irmão não gosta muito de mim, imagina se eu ir no aniversário dele? É diferente da festa do Kendall, eu não posso ir.
- Luke, você é meu namorado. Ele sabe disso, já aceitou, é lógico que não vai achar ruim. Por favor, eu quero muito que você vá comigo.
- Eu não sou muito fã de ficar bêbado e acordar no outro dia com dor de cabeça.
- Não precisa beber! Dessa vez eu não bebo, fico do seu lado o tempo todo sem beber um copo. Por favor! - Implorei, sentindo meu coração apertar. Ele me olhou por alguns segundos.
- Desculpe Miley, eu não vou. - Respondeu. Eu me senti horrível. Meus olhos começaram a marejar. As coisas não estavam normais, eu tinha certeza absoluta disso. Em circunstâncias normais, ele nunca iria recusar o meu pedido. Luke não deixaria de me acompanhar em uma festa só por causa de Carlos, eu sabia disso. Aquilo havia sido uma desculpa, não tinha outra explicação. Senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Limpei-a rapidamente. - Me desculpe mesmo, eu...
- Cala a boca. - Consegui murmurar, me levantando. Cansei de ficar insistindo. Cansei de perguntá-lo o que estava acontecendo e ele me responder que nada, sendo que estava obvio que aquilo era mentira. Eu abri a porta da casa de Luke, sentindo algumas lágrimas caírem. Ele gritou o meu nome, mas eu não voltaria atrás. Entrei no meu carro e saí dali o mais rápido possível.
[...]
- O Carlos está chegando, acabei de falar com a Kelly! - Minha mãe gritou, desesperada.
- Vamos lá, se arrumem na cozinha, apaguem as luzes! - Kendall gritou e todos começaram a se levantar. Havia muita gente ali. Alguns amigos de Carlos eu conhecia, outros nunca tinha visto na vida. Todos se ajeitaram na cozinha e desligaram todas as luzes da casa. Depois de muito pedir, o silêncio reinou no local e tudo que podia ser ouvido era as respirações descompassadas.
Ouvimos então, o barulho da porta sendo aberta, eclodindo risadas altas do casal. Eu ajeitei meu vestido no corpo, apoiando-me em Ana.
- Kelly, eu te falei, não tem ninguém aqui em casa! Olha a escuridão! - Meu irmão disse. Pude vê-lo caminhar até a cozinha, com a francesa ao seu lado. Assim que ele acendeu a luz, todos pularam em conjunto e gritaram com fervor.
- PARABÉNS! - Eu dei uma gargalhada alta com a cara de paisagem que Carlos fazia. Ele não parecia acreditar em nada que estava acontecendo, olhando atentamente para o rosto das pessoas.
- O que... Como...
- Você achou mesmo que ia passar a noite do seu aniversário assistindo filme romântico na casa da namorada? - Um garoto gritou, provocando risos. - Mais um ano de vida cara, merece uma comemoração!
- Exatamente! - Minha mãe ficou do lado do moreno, sorridente. - Gostou?
- Eu amei! - Ele gritou, empolgado. - Vocês são os melhores. Muito obrigado por isso, sério mesmo.
- Nada teria dado certo se a Kelly não tivesse te enganado direitinho.
- Obrigado amor, por mentir pra mim. - Carlos disse e algumas pessoas riram. - Certo galera, bora começar a festa! - Gritou e as pessoas concordaram com gritos. Em poucos minutos, a música já havia sido aumentada no último volume e as latas de cerveja e garrafas já estavam sendo distribuídas por garçons. As pessoas se espalharam pela casa, dançando e cantando. Percebi que elas estavam convidando novas pessoas para virem, ou seja, a casa ia encher daqui algum tempo.
- Você vai beber hoje? - Perguntei para Ana, percebendo que ela não aceitava nada que os garçons oferecia. Peguei apenas um copo de cerveja.
- Não Miley, hoje irei ficar sóbria, preciso fazer companhia para você. - Respondeu com um olhar de pena. Ela sabia que eu estava mal pelo Luke. Depois de ter saído de sua casa e chegado na minha, eu fui direto para o meu quarto e chorei bastante. Ana ficou ao meu lado, tentando me consolar.
- Não precisa, eu sei me cuidar. Além disso, estou bem.
- Não tente mentir para mim, eu te conheço faz anos.
- Vamos dançar? - Forcei um sorriso, me levantando. Queria claramente mudar de assunto. - Eu amo essa música. - Não estava mentindo sobre isso. Estava tocando Your Body, da Christina Aguilera. Eu queria muito esquecer sobre tudo essa noite, mas não estava a fim de ficar bêbada como fiquei na festa de Kendall. Beberia alguns copos de cerveja, mas não passaria disso. Eu posso sim conseguir me divertir estando sóbria.
Eu e Ana nos juntamos às pessoas que dançavam animadamente na sala. Algumas se pegavam discretamente, enquanto outras já mostravam claros sinais de que estavam começando a ficar bêbadas. Kendall, certamente, era um deles. Remexi meus quadris ao som das batidas, fechando meus olhos e bebendo mais um gole do líquido. Ouvi uma gargalhada de Ana ao meu lado.
- Os seus pais estão assustados. - Ela disse perto do meu ouvido e eu encarei Giselle e Gusttavo. Estavam encolhidos em um canto da sala, olhando com os olhos arregalados para um casal que se beijava - se comia - no sofá. Fui até eles.
- Vocês não precisam ficar aqui, estão nitidamente deslocados.
- Mas filha, temos que ficar aqui para a hora do parabéns!
- Mãe, isso com certeza vai demorar. Quando for a hora, pode ter certeza, eu ligo e aviso vocês.
- Está nos expulsando de casa? - Meu pai perguntou, divertido.
- Estou. Ou vocês vão dar uma volta ou vão ter que aceitar ver essas cenas. E pode acreditar em mim, vai ficar cada vez pior. - Comentei, encarando o casal. O garoto subia a camisa da garota, acariciando-a.
- Talvez a My esteja certa. - Giselle disse, se direcionando para Gusttavo. - Acho que podemos ir em algum lugar, não sei... Mas aqui eu realmente não quero ficar. Já passei dessa fase da adolescência, eu não sirvo mais para essas coisas! - Desesperou, arrancando risos meus e de Ana.
- Tudo bem amor, vamos embora. - Meu pai afirmou. - Você liga quando forem cantar parabéns?
- Sim, pai. Relaxa, podem ir. - Respondi e ele assentiu. Em poucos segundos os dois já haviam saído da casa. Eu e Ana voltamos a dançar.
[...]
Eu sabia, ela ia fazer aquilo. Sentada no sofá com um copo de cerveja na mão, encarei Ana gritar e dançar exageradamente, bebendo vodca. Ela queria muito beber. No começo, não quis por minha causa, mas depois deu insistir por mais de dez minutos que ela podia fazer o que quiser, Ana começou a beber descontroladamente, resultando em suas performances nada discretas quando tocava alguma música animada. Já eu, bebia pouco e só permanecia sentada, junto com os meus pensamentos.
Tentei até me divertir no começo, dançando junto com alguns colegas. Mas eu não conseguia animar, definitivamente hoje não foi um bom dia para participar de uma festa. As palavras de Luke ainda ecoavam em minha cabeça, assim como lembranças de suas atitudes nos últimos tempos. Eu estava começando a achar que ele não gostava mais de mim. Talvez eu tivesse perdido o "brilho", ou qualquer coisa do tipo... Por que as coisas tinham que ser assim? Quando eu finalmente encontro um garoto legal, ele resolve mudar drasticamente comigo e virar um idiota. Só podia ser magia negra.
Assim que começou a tocar The Hills, eu me levantei, deixando o copo ali mesmo. Fui até o banheiro mas percebi que estava ocupado. Bufei, subindo as escadas. Alguns quartos estavam ocupados, como eu já devia esperar. Mas por muita sorte, consegui me lembrar de trancar o meu, então não precisaria me preocupar. Fui até um dos maiores banheiros, que ficava no final do corredor e fechei a porta. Respirei profundamente, me encarando no espelho com as mãos apoiadas no lavatório. Eu estava claramente mal. Até Kendall, que estava bêbado, havia me perguntado o que eu tinha. Estava obvio.
Olhei as horas no celular, já ia dar meia-noite. Retoquei meu batom vinho e ajeitei minhas meias 7/8. Estava usando um lindo vestido vermelho.
Olhei uma última vez no espelho. Encarando o chão e tentando não começar a chorar ali mesmo, abri a porta do banheiro, apagando a luz. Quando dei dois passos para fora, senti mãos fortes pegando meus braços e me puxando para dentro novamente. Dei um grito alto e olhei para cima. Meus olhos se arregalaram completamente e meu coração acelerou de uma vez. Logan me encarava sério, um copo na sua mão.
- Você está bêbado. - Afirmei. Ele tinha me puxado com força para dentro do banheiro e agora trancava a porta, qual outra explicação poderia ter para aquilo?
- Não estou. - Murmurou.
- Está sim. O que você está tomando?
- Whisky.
- Então é obvio que está bêbado. - Ri ironicamente. Ele me olhou furioso, e para a minha total surpresa, tacou com força o copo na parede. O barulho eclodiu alto e eu encarei com os olhos arregalados os pequenos pedaços de vidro no chão. - O que...
- Esse deve ser o terceiro copo que eu tomo essa noite. Sendo que os outros dois era cerveja. Eu não estou bêbado. - Logan estava com muita raiva. Ele foi até mim rapidamente e não desviou os seus olhos do meu. - Eu não consegui beber nada, eu não consegui fazer nada.
- Deve ser porque a Victória não veio, não é? Se ela tivesse vindo, você teria algo para se divertir. - Fui irônica, o ciúmes transparecendo em minha voz. Ele riu.
- Para de falar dela. Eu estou assim por causa de você. - Disse, sério. Eu fiquei perdida. - Pensa que eu não percebi o quanto você está mal? A Miley que eu conheço não é assim. - Logan se aproximou mais de mim, ficando exatamente na minha frente. Suas mãos foram parar no meu cabelo, onde ele acariciou lentamente. Minhas pernas bambearam e por um momento eu pensei que fosse desmaiar. - Ainda é por causa daquele filho da puta, não é? Eu sei que é, nem precisa responder. Não fique assim por causa dele, Jones. Você não merece isso. - Deu-me um beijo rápido na bochecha. Minha respiração acelerou.
- O que... Está fazendo? - Consegui sussurrar, fitando seus olhos. Eu estava um pouco assustada, mas não ousaria me distanciar dele. Suas mãos ainda acariciavam meus cabelos, e aquela sensação... Era maravilhosa.
- Eu cansei, Miley. Cansei de ficar perto de você e não poder fazer nada. - Respondeu, dando alguns passos para trás. Fiquei em completo choque. O que ele estava falando? - Sei que me distanciei de você, principalmente porque você namora o Luke, mas... Não posso fazer isso mais. De verdade.
- Logan, você está me dizendo que sente a minha falta? Como quer que eu acredite que você não está bêbado?
- Você acha que eu só falaria essas coisas se tivesse bêbado?
- Acho. - Fui sincera e ele riu. Respirei fundo, tentando assimilar o que estava acontecendo ali. A música ainda tocava no andar de baixo.
- Pode acreditar, eu estou falando sério. Eu sinto sim a sua falta. Muito. - Henderson disse, me encarando intensamente. Me segurei no lavatório, com os olhos arregalados. Quem era aquele menino e o que fez com Logan Henderson? Ele nunca foi do tipo de pessoa que assume facilmente os seus sentimentos, principalmente em relação a mim. Foram raras as vezes que ele disse alguma coisa do tipo e agora... Estava dizendo que sentia a minha falta?
Por um momento pensei em sair correndo daquele banheiro. A ficha ainda não havia caído, e eu sabia que demoraria um bom tempo para isso acontecer. Fiquei paralisada por uns bons momentos, perdida em meus pensamentos. Logan esperava uma reação minha pacientemente, com os braços cruzados. Quem eu estava querendo enganar? Aquilo era incrível.
Respirei profundamente e ajeitei meu vestido. Caminhei lentamente até o Henderson e fitei seus belos olhos castanhos. Ele me fitava sério. Naquele momento, esqueci-me de Luke, de Victória, de todos. Abri um sorriso doce e coloquei uma mão em seu ombro.
- Então, por que não vem matar a saudade?
Continua.
* O trecho no início do capítulo é da música No Idea (♥), do Big Time Rush. Tradução: "Que ela não faz ideia, não faz ideia. Que eu estou aqui, eu estou mesmo aqui".
Oláaaa gente! Tudo bem? Finalmente consegui arrumar um tempo para vim atualizar!
Cara, que gracinha, Logan e Miley is back \o/
Podem me amar. Podem me amar muito porque eu tenho certeza que vocês já sabem o que vai acontecer no próximo capítulo HUEHUEHEU
Todo mundo esperando que o Erick sequestrasse a Miley ou sei lá, né... Pois é galera, o Sr. Turner agora mudou u.u
Eu espero muito que tenham gostado. Na verdade, EU PRECISO QUE VOCÊS ME DIGAM SE GOSTARAM. Por favor, comentem aqui pra mim galera, o LOGAN ASSUMIU QUE SENTE SDDS DA MY, ISSO MERECE COMENTÁRIOS! Ok, vou parar de escrever em Caps Lock.
Amores, como eu havia dito, eu já terminei de fazer o roteiro. Essa fic terá 56 capítulos, e as coisas vão começar a acontecer a partir de agora. Mas, o fato deu ter acabado de escrever o roteiro não significa que eu já terminei de escrever a fic. Inclusive, tô ficando bastante cansada e sem tempo por causa da escola, massss, vou tentar atualizar o mais rápido possível!
E quero atualizar a fic no dia do meu aniversário e.e
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Xx
Gih
Cara eu estava esperando tanto por esse momento, agora se comam, se casem, tanham filhos, sejam felizes para sempre. Onrigaa Luke por ser um amor de pessoa e fazer isso com a Miley -eu fico me imaginando como amiga, eu sou um desastre! - hahahah. Fico tão feliz do Logan ter se abrido, só estou triste por ser agora. Tipo: A pessoa está super, mega, blaster curiosa para saber oque cai ser no próximo capítulo. Que eu estou prevendo que será em breve, pois a Ingrid não é uma iscritora malvada que vai nos deixar esperando por muito tempo, certo Gih?! Gzuis. Quando você pensa que não pode ficar melhor a Ingrid vem e te mostra que ela pode te surpreender. Beijos de luz meu bem! E até o próximo capítulo! :D
ResponderExcluirHAHAH você não é a unica \o/ Logan finalmente confessou cara, quando imaginávamos que isso ia acontecer, né? Miley tá super surpresa, pq né.
ExcluirEnfim, desculpe pela demoraaaa! Mas eu já continuei e não sou malvada mesmo HUEHUEH Muitooo obrigada linda! Espero que gostee ♥
Xx
Caramba amei a atitude da My no final <3 realmente pensei que ela seria sequestrada de novo kkk ainda mais fiquei surpresa como o Luke mudou com a My, e achei super fofo o Logan falando que sente falta delaa... to anciosa pelo próximo capitulo só quero ver o fluxo dentro daquele banheiro hehe
ResponderExcluirNós amamos <3 Quem diria, né? Pois é, ele finalmente confessou ♥ HAHAH continueeei, espero muito que gostee!
ExcluirXx
Bom, vamos por partes? Kkkk
ResponderExcluirComo assim o Erick mudou? Eu jurava q ele e o Luke tinham algo a ver haha, mas se eles n se conhecem pq o Luke ta assim com a My? Ele ta traindo ela? Será q ela vai trair ele com o Logan, vai se sentir mal e depois vai descobrir q ele traiu ela primeiro? Kkkk
Enfim, esse capítulo n teve mt "agitação", tirando o final, COMO VC ME PARA NESSA PARTE? QUER ME DEIXAR LOUCA? KKKKK
Meu Deus, até q enfim eles vão se pegar kkkkk
Continua logooooo
PS: estava pensando aqui...se o Luke tiver mesmo traindo a My, será q é com a Victória? Será q ele pegou de novo a "namorada" do Logan?
Ai são muitas perguntas kkkkk
Bjs linda
Quem diria, né? Boooom, vamos descobrir tudo isso mais pra frente, acalme-se HUEHEU u.u
ExcluirADORO PARAR NESSAS PARTES HEUHEUHEUHE
Até que enfim, já passou da hora \o/
Que imaginação fértil você tem NHEUEH
Já continueeei, espero que goste ♥
Xx
OH MY GOD *0*
ResponderExcluirMANO QUE CAPÍTULO LACRADOR, TIME LOGAN DE VOLTA EEEEEEE!
Como assim o Erick ta bonzinho ? Não sei se gosto, eu AMEI a parte da festa, do banheiro, esperando anciosa pro próximo capítulo !
To pegando uma raiva básica do Luke, tipo ele ta todo babaca, eu adorei a reação da My (tem que ser assim msm)
contiiiiinua logo
OBRIGADAAAAA AMOR \O/
ExcluirSim, quem diria u.u
Todas estão também, mas tambem né, ele esta sendo mo babaca com a Miley! hahaha já continuei, espero que gosteeee
Xx
AEEEE SOS TO EM PRANTOS
ResponderExcluirTAVA MAIS QUE NA HORA DE ESSES DOIS SE PEGAREMMMMM
na moral, dei graças a Deus que o Luke não quis ir pq eu juro que sabia que ia ter coisa com o Logan KSKKSKSKDK TO adorando sério mesmo ❤️
SIIMMMM, FINALMENTE BRASIL
ExcluirHUEHEUEHUH Eu te entendo! Muito obrigada, já continuei, espero que goste ♥
Xx
ALÔ ALÔ GRAÇAS A DEUS!!!!!!!Meu Deus eu não sei o que eu escrevo to nervosar,Erick bonzinho?Isso faz parte da vingança ele não ia deixar barato e não vai!!
ResponderExcluirO Logan,quero um @Deus,obrigada de nada!
Menina CONTINUAAAAAAAAA EU NÃO SEI O QUE DIZER SÓ SENTIR AHHHHHH DEUS ME DA O LOGAN
BEIJOS 😘😘
GLORIA A DEUS COLEGA!!!!! Sim, Erick está bonzinho!
ExcluirCoisa mais linda do Loggie né ♥ Também quero um!
aaaaah, continueeeei, espero que goste lindaa
Xx