Fanfic By Chance. Segundo Capítulo: Amy.

LUISA POV 

Assim que Gus deixou-me em casa e deu partida, eu suspirei pesadamente. Tudo que eu não queria era chegar e ver a cara do meu pai. Não sabia como estava o seu humor, mas posso garantir que não importa como esteja, ele sempre ia me xingar sem motivos aparentes.
Abri a porta da sala, dando de cara com a minha mãe. Ela estava séria e usava roupas novas, provavelmente ia sair.
- Oi, querida. - Sorriu fraco. - Estou indo fazer compras, quer alguma coisa?
- Ahn... não. Obrigada.
- Tudo bem. Eu já volto.
- Ele... está aqui? - Perguntei com receio e ela suspirou, como se não quisesse responder.
- Na cozinha. Qualquer coisa me ligue, Luiza. - Ela murmurou firme e eu assenti. Denise deu-me um beijo na testa e saiu de casa. Um pouco nervosa, andei até a cozinha. Diogo estava lendo um jornal enquanto bebericava uma xícara de café. Levantou o olhar para mim, a expressão dura.
- Onde estava, Luisa?
- Na escola, pai.
- A aula não termina essas horas, Luisa. Onde estava? - Foi seco, largando o jornal na mesa e olhando diretamente para mim. Senti um incomodo na barriga.
- Estava com Augusto. Ele me buscou na aula e aproveitou o tempo livre para almoçar comigo.
- Hm, Augusto? Espera que o namoro de vocês esteja indo muito bem. - A forma como ele sorriu meu deu um nojo enorme e eu juro que faltou pouco para que eu vomitasse. 

Como se tudo que meu pai fazia não fosse o suficiente, ele ainda tinha a coragem de tirar o máximo de aproveito do meu relacionamento.

Augusto era filho de dois médicos muito influentes do Rio de Janeiro. E ele também fazia faculdade de medicina, talvez por influência dos pais. Mas a questão era: a família dele era absurdamente rica. Dando um contraste bem grande com a minha.
Minha mãe era dona de casa e meu pai era publicitário. Não tínhamos muitas condições, muito menos uma vida folgada. E desde o começo do namoro, Gus havia percebido isso. E por mais que eu tentasse fazê-lo não se preocupar, ele se preocupava. E muito. Começou, então, a querer tomar atitudes para me ajudar e começou a dar uma quantia de dinheiro para a minha família. Ele havia conversado com os meus sogros e eles apoiaram veementemente.
Eu não via aquilo como uma espécie de esmola, e Gus deixou bem claro que não era isso, mas mesmo assim eu me sentia incomodada. Até parecia que eu namorava com ele para receber dinheiro! Isso era ridículo! Mas não importava o tanto que eu falasse, ele sempre depositava o dinheiro todo final do mês, e se sentia muito bem com isso, então não tinha mais nada que eu pudesse fazer.

E é aí que meu pai entra nessa história.

Diogo era interesseiro. Olhava para Augusto com a expressão carrancuda mas logo passou a trata-lo muito bem - até melhor do que o jeito que me tratava - depois que ficou sabendo quem ele era e quem eram seus pais. Começou a chorar para Gus, dizendo que nossa família passava dificuldades, e quando começou a receber o dinheiro, só faltava fazer uma festa para comemorar. 
Era por isso que ele apoiava o namoro. Era por isso que ele simplesmente amava Gus e quase me matava se um dia eu sequer imaginasse brigar com ele. Se um dia terminássemos então... Eu nem sei o que ele faria. Afinal, o meu namoro estava aumentando a conta bancária dele.
A sorte de Diogo era que eu amava muito o Gus. Achava tudo aquilo uma crueldade e injustiça horrível, mas o que eu poderia fazer? Gus achava que estava tudo bem. Todo mundo achava.
- Estamos indo bem. Eu amo ele. - Reforcei bem a última frase, cruzando os braços. Lembrar de como a personalidade do meu pai era desprezível sempre me deixava enfurecida.
- Mas é claro que ama, Luisa. O dinheiro que ele nos dá todo mês é maior do que o meu salário. - Gargalhou, satisfeito. Em seguida, levantou-se da mesa e eu dei alguns passos para trás. A diferença de altura entre nós me dava mais medo ainda. Além do seu porte físico bem musculoso.
- Você sabe que eu não estou com ele por causa de dinheiro, pai. A forma como você fala me dá até nojo. - Murmurei, engolindo em seco. O homem riu e se aproximou de mim. Pegou no meu cabelo da nuca com uma falsa delicadeza, enquanto sorria de forma podre.
- Não me importo com isso. O que me importa é que vocês estejam juntos. Afinal, não é todo dia que encontramos um idiota disposto a nos dar dinheiro por pena, não é mesmo?
- Não fale assim do Gus! - Gritei, indignada com suas palavras.
- Não grite comigo. - Ele fechou a cara, puxando alguns fios do meu cabelo. Eu mordi o lábio inferior, sentindo meus olhos marejarem de dor. - Você é desprezível, Luisa. Consegue ser mais burra que a sua mãe. - Depois de um tempo, Diogo soltou-me, dando um leve empurrão. Eu fechei os meus olhos e tentei não começar a chorar na sua frente. - Agora vá para o seu quarto, ande. Estou perdendo meu horário de almoço por causa de você. Você só me faz perder tempo na vida, garota... - Ele não precisava dizer mais nada. Peguei minha mochila e subi correndo até meu quarto, trancando a porta.
Joguei-me na cama, limpando as lágrimas teimosas que haviam caído e respirando fundo. Eu já devia ter me acostumado com a forma como ele me tratava, era todo dia assim...

Mas eu não queria mais pensar na pessoa horrível que meu pai era. Não quando eu provavelmente tinha um fim de semana maravilhoso pela frente.

Abri um sorriso ao lembrar. Gus havia confirmado que no sábado iríamos fazer um programa de casal. Isso era difícil de acontecer, e quando dava certo, eu procurava aproveitar ao máximo. Costumava ser os melhores finais de semana da minha vida. Aliás, os únicos que eu saía de casa, praticamente. Continuei com o sorriso bobo no rosto até escutar meu telefone tocar. Era Catarina.
- Olá, amiga.
- Puta merda, que voz de choro é essa? - Ela praticamente gritou e eu rolei os olhos. Pigarreei, tentando disfarçar.
- Impressão sua. Eu só estava dormindo.
- Acho bom que seja só isso mesmo. Aquele Augustinho não fez nada não, certo?
- Lógico que não, Catarina! Ele nunca faria nada!
- Luisa, você não conhece os homens!
- Catarina! - Exclamei, incrédula. Ela riu.
- Tudo bem, amiga, desculpa. Te liguei porque preciso te perguntar: sabe que dia é hoje?
- Ahn... sexta? - Franzi o cenho.
- Exatamente! E sexta é dia de que?
- Dia de que? - Perguntei depois de um tempo onde eu tentava encontrar uma resposta.
- Credo, Luh! Dia de maldade! Estou reunindo uns amigos para irmos beber algo hoje, quer ir?
- Cath, você sabe que...
- Que você namora, aham, eu sei, blablablá! Pode levar ele também, não tem problema.
- Ele não pode amiga, vai estar ocupado estudando.
- Então fala pra ele que você vai e vamos comigo. Augusto sabe que tá comigo, tá com Deus, não deixo nenhum homem se aproximar de você! - O jeito como ela havia falado me fez rir. Até parecia que estava bêbada, mas na verdade não estava, ela era assim mesmo.
- Cath, seria muito legal mas, acho melhor não. Estou desanimada para sair hoje, só quero ficar deitada na minha cama assistindo filme. Está frio.
- Sabe o que tá frio mesmo? Esse seu coração! Que desgosto, Luisa!
- A gente combina outro dia amiga, eu prometo.
- Você me fala isso sempre! Ridícula! - E dizendo isso, ela desligou. Eu não me preocupei, já estava acostumada. Se fosse para depender de Catarina, não ia parar um segundo em casa.

LUISA POV OFF

- É o nosso primeiro dia no Brasil, praticamente. O que vocês sugerem? - James perguntou. Estávamos todos jogados no quarto de Kendall, no hotel.
- Ouvi dizer que os brasileiros sabem como fazer uma festa.
- Isso é ótimo. É tudo que eu preciso. - Comentei, pegando um cigarro do maço e o isqueiro. Os meninos me fitaram. Eu fumava bem de vez em quando, mas aquilo era segredo. Acho que não seria muito legal sair fumando na rua, isso prejudicaria um pouquinho a imagem da banda com todo aquele papo de apologia... Só os mais íntimos sabiam disso.
- Eu não contei pra vocês mas, tenho uma amiga aqui. Ela podia nos ajudar. - Kendall comentou. Era o mais calado de nós desde que chegamos. Tudo isso por causa daquela garota. Pensar em como Schmidt era trouxa me dava até vontade de rir de descrença.
- Como ela chama?
- Amy. É uma amiga de infância. Ela mora aqui no Brasil porque está fazendo intercâmbio. Tenho o contato dela.
- Então pode ligar para ela agora, porque já temos que começar a planejar a nossa noite. - Carlos disse, animado. Kends assentiu, pegando seu celular para fazer provavelmente o que o outro tinha dito. Eu fiquei observando-o, tragando o meu cigarro e soltando a fumaça lentamente.
- Planejar nossa noite? Pensei que iríamos pra praia agora de tarde.
- Temos muito tempo para isso, Jay.
- Eu acho que já podemos anunciar que estamos aqui, né? - Perguntei, pensativo.
- Acho que sim.
Mais tarde, nós quatro tiramos uma foto qualquer e postamos nas redes sociais, informando que estávamos no Brasil passando as férias. Carlos queria mostrar a vista da janela do hotel, mas isso definitivamente não seria uma boa ideia. Se soubessem onde estávamos hospedados, eu tenho certeza que alguns fãs ficariam na porta esperando que algum de nós saísse.
A tarde daquela sexta passou bem tranquila. Cada um permaneceu em seu quarto, e eu só vi Kendall quando ele apareceu na minha porta informando que sua amiga, Amy, nos ajudaria conhecer a noite brasileira com muito prazer.

Eu estava animado. Aliás, como não estar animado nesse lugar?

Nesse exato momento eu estava passando o meu perfume favorito na frente do espelho, com Kendall falando merda jogado na minha cama. Estava terminando de me arrumar.
- E cara, você acha que eu fiz certo? - Ele me fitou. Eu suspirei.
- Eu não prestei atenção em nada do que você disse.
- Porra, Logan! - Ele rolou os olhos, se levantando. Segurei o riso.
- Parei de prestar atenção assim que você começou a falar sobre aquela menina. Sério cara, já está ficando chato.
- Logan, eu não tenho culpa de estar apaixonado. Me desculpa se eu tenho sentimentos!
- Kendall, a questão não é essa, o problema é que você não está tentando esquece-la. Só fica reclamando e isso é chato pra caralho. Cadê o Kendall que eu conheço?
- Teve o coração roubado por uma inglesa. - O loiro cruzou os braços, emburrado, parecia uma criança. Eu fiquei observando-o, indignado. Se apaixonar era uma bosta mesmo.
- Você é inacreditável, Schmidt. Eu preciso mesmo arrumar uma brasileira para você.
- Quero ver se vai conseguir. Ninguém anda chamando a minha atenção ultimamente.
- Mas dessa vez será diferente. E pode começar colocando uma roupa legal. Você tá um lixo.
- Obrigado pelo elogio, Logan.
- Disponha. Anda, vai vestir outra coisa.
- Estou com preguiça de voltar para o meu quarto... - Espreguiçou na minha cama, fazendo cara de sofrimento. Ele definitivamente não estava ajudando.
- Então pega uma camisa minha. - Disse e assim o loiro fez. Pegou a primeira vestimenta que viu pela frente e colocou, contrariado. Pegou um dos meus perfumes, borrifou e penteou os cabelos. Olhou-me com desdém e tédio. O que eu não faço por esse idiota? - Vamos? Os meninos já estão prontos.
- Não tenho outra escolha.
- Não mesmo. - Saímos do quarto e descemos até o saguão do hotel. Algumas pessoas nos fitava com bastante curiosidade e cochichava entre si. Eu sabia que logo todo mundo já saberia onde estávamos hospedados.
Carlos e James já estavam dentro do carro que havíamos alugado. Eu e Schmidt entramos no banco de trás rapidamente.
- E aí, como vai ser? - Perguntei assim que James deu a partida.
- Estou usando o GPS. Vamos encontrar com Amy e uns amigos dela em uma praça aqui perto.
- Pelo amor de Deus, tentem não ser vistos. Pelo menos na rua. - Carlos disse e nós concordamos. Não demorou muito para chegar no local que ele havia citado. Assim que isso aconteceu, uma garota veio em nossa direção quando estacionamos o carro. Ela tinha o cabelo preto liso, olhos claros e um corpo bem distribuído. Era alta e magra.
- Eu não acredito que é vocês mesmo! Kends, que saudades! - Ela sorriu, encostada na janela do carro. Era bem bonita...
- Amy, que bom rever você! Está diferente desde a última vez que te vi.
- Posso dizer o mesmo. As pessoas amadurecem...
- E como. - Murmurei, fitando-a. Ela virou-se para mim e sorriu.
- Prazer em conhece-lo pessoalmente, Logan. Você é igualzinho na televisão.
- E isso é bom? - Sorri de lado e pude perceber que as bochechas dela ficaram vermelhas. Uh.
- Sim, é bom.
- Ok, vamos ao que interessa. - Kendall cortou o clima, rolando os olhos. Eu que devia estar rolando os olhos por causa dessa intromissão. - Quem são seus amigos?
- Oh, eu já ia me esquecendo. - A morena virou-se para trás. - Primeiramente, eu pedi para que eles não ficassem divulgando nada, então podem ficar tranquilos. Confio neles.
- Por favor, me diga que eles falam inglês. Eu não entendo quase nada de português. - James suspirou e nós assentimos. Eu sabia pouca coisa.
- Sim, eles falam. Quando eu esqueço alguma palavra em português, eles conversam comigo por inglês. Dá pra entender direitinho.
- Ótimo.
- Vou chama-los. - Amy chamou pelos três amigos que a acompanhava. - Bom gente, esses são meus amigos, Rafael, Luccas e Sabrina. Galera, esse é o Big Time Rush. - Observei os três virarem para nós bem empolgados.
- Eu não acredito que estou conhecendo vocês! - A garota ruiva, Sabrina, exclamou animada. Os outros dois meninos foram mais tímidos, mas mesmo assim demonstraram estarem nervosos por estar perto de nós. Eu achava aquele tipo de situação engraçada, mas não diria nada.
Depois de um tempo, Amy entrou em seu carro com os amigos. Nós seguiríamos ela para uma balada de música eletrônica que ela garantiu que seria ótimo. Eu esperava que ela estivesse certa.
Demorou um pouco, mas assim que chegamos no local, eu me senti realmente animado. As luzes coloridas e psicodélicas começavam até mesmo na entrada. Era um lugar grande e parecia ser espaçoso.
Não pegaríamos fila para entrar. Conversamos com os seguranças, e depois de sermos recepcionados de forma bem educada, entramos pelos fundos, em um corredor que dava acesso direto com o camarote do lugar. Exatamente onde ficaríamos.
Assim que observei tudo do segundo andar, suspirei satisfeito. Realmente era grande, estava lotado de pessoas e a música era boa.
- Vodka ou tequila? - James apareceu ao meu lado. Suspirei.
- Vodka. Tequila fica pra mais tarde. - Respondi. Ele deu-me um copo contendo o líquido que eu havia pedido e eu bebi metade do copo em um só gole. - Quero fumar. Você se incomoda?
- Incomodo. Depois você faz isso, vamos descer lá embaixo para interagir com as pessoas. - Maslow disse e eu assenti. Nos aproximamos de Kendall, Carlos e Amy, que conversavam.
- Não tem perigo de alguém agarrar minha blusa, cortar um pedaço do meu cabelo e essas coisas não? - Carlos perguntou e eu tive que rir, assim como todos.
- Não, Carlos. Acredito que as pessoas daqui não vão fazer isso. Mas se você não quiser tirar fotos, dar autógrafos e essas coisas...
- O que? Eu não me incomodo com isso! Só estou dizendo que não quero voltar pro hotel com um pedaço faltando.
- Isso se você conseguir chegar até o hotel vivo, né meu amigo. - Kendall murmurou e Los rolou os olhos, ignorando-o.
- Vamos descer. - Nós cinco fomos para o primeiro andar. As pessoas nos observavam com curiosidade e algumas gritavam nossos nomes. Eu passei por um grupo de garotas que pediram para tirar foto comigo, mas foi engraçado porque nenhuma delas sabiam falar inglês, exceto pelo típico "I love you" que provavelmente até os emiradenses sabem.
A música estava mais alto que o normal. Talvez eu tinha essa sensação porque o álcool estava presente em maior quantidade no meu sangue. Eu já estava começando a me sentir mais eufórico, ainda mais pelo fato de ter dezenas de garotas loucas pelo fato de eu ser Logan Henderson.

Obrigado meu Deus por eu ter nascido Logan Henderson.

- Pode conversar comigo, eu falo inglês. - Uma garota loira riu assim que eu me aproximei na clara intenção de conversar.
- Ainda bem. Eu não saberia lidar se você não entendesse uma palavra do que eu estivesse dizendo.
- Acho que estamos com sorte essa noite então. - Ela sorriu maliciosamente e eu fiz mesmo.
- Qual o seu nome?
- Pode me chamar de Vic. Eu admiro muito o seu trabalho, Logan. Minha irmã é muito fã da banda de vocês.
- Ah é? - Arquei a sobrancelha, me aproximando ainda mais. - Fico feliz com isso.
- Eu fico mais feliz ainda por você ter me dado bola. - Ela foi direta. Uh. Eu adorava isso.
- E por que eu não faria isso? - Coloquei uma mão em sua cintura e ela enroscou seus braços em meu pescoço, sorrindo.
- Bom, todas as garotas desse lugar daria de tudo pra estar no meu lugar agora.
- Por que você não aproveita que eu escolhi você?
- Vou fazer isso mesmo. - E dizendo isso, Vic beijou-me com bastante urgência.

Aquela noite definitivamente estava apenas começando.

[...]

LUISA POV

Acordei naquele sábado bem cedo. Tinha esse costume, e era muito bom, pois eu aproveitava melhor o dia. Desci para tomar café. Ninguém na casa havia acordado, o que me deu certo alívio. As coisas eram melhores quando tudo estava em silêncio.
Assim que enchi, subi novamente para o meu quarto. Fiquei lendo um livro sobre a Segunda Guerra Mundial que eu precisava terminar essa semana, era minha meta. Não seria difícil de cumprir, já que eu era simplesmente fascinada por esse assunto.
Só desviei minha atenção do livro quando meu celular começou a tocar. Era Gus.
- Bom dia, lindo. - Sorri.
- Bom dia, Luh. Imaginei mesmo que você estaria acordada uma hora dessas.
- Não está tão cedo assim.
- Realmente. - Ele riu. - Liguei para confirmar nosso programa hoje. Primeiramente vou te levar ao cinema.
- Ah, faz tanto tempo que eu não vou! Está mais do que combinado, amor. Você me pega aqui que horas?
- Hum, às 19:00. Esteja pronta, não podemos atrasar.
- Claro, estarei pronta bem antes. - Sorri de orelha a orelha, feliz.
- Ótimo, meu amor. Até mais tarde. Eu te amo.
- Eu também te amo. - Desliguei o celular, suspirando igual uma idiota. Gus era simplesmente o melhor namorado do universo.
Olhei as poucas notificações que havia no meu celular. Eu não era a pessoa mais sociável do mundo, bem longe disso. Mas não que isso me deixava triste, não mesmo. Eu nunca liguei para popularidade e essas coisas.
Como já era de se esperar, havia várias e várias mensagens de Catarina.

Catarina (08:00): "Amiga!!!! Eu sei que tá cedo pra caralho mas eu cheguei em casa cinco da manhã e recebi uma notícia MARAVILHOSA agora! Quando acordar me responde."

Catarina (08:15): "Que porra Luisa, você tá dormindo até agora? Cadê a garota que acorda sete horas da manhã pra estudar física? Odeio ela, mas agora to precisandoooo"

Catarina (08:40): "Ah, desisto. Me chama aqui quando quiser."

Eu ri de seu desespero, como ela era exagerada. Resolvi responde-la logo senão corria risco deu receber uma ligação de sua mãe dizendo que ela havia sofrido um infarto.

Luisa (09:02): "Todo esse drama logo de manhã? Respira um pouco, Catarina. O que foi?"

Ela não demorou muito para responder, o que só comprovava que o negócio era sério.

Catarina (09:04): "Filha, sabe aquela americana que tá fazendo intercâmbio lá na escola, a Amy?"

Luisa (09:04): "Sei sim, Cath. O que tem?"

Catarina (09:04): "LUISA ALBUQUERQUE DO CÉU VOCÊ NÃO VAI ACREDITARRR"

Luisa (09:05): "O que foi???"

Catarina (09:06): "Ela é AMIGA do Kendall Schmidt!!!!"

Luisa (09:06): "Kendall o que?"

Franzi o cenho. Do que essa louca tava falando?

Catarina (09:06): "Que merda Luisa, você é uma ridícula! Do Kendall, integrante do Big Time Rush. Ela postou uma foto com eles em uma balada DAQUI DO RIO e eu logicamente fui atrás pra saber que porra é essa. Ela me contou que é amiga dele, que eles estão passando férias aqui e que ela está levando eles nos lugares para eles conhecerem. PUTA QUE PARIU LUISA!"

Eu ri da sua empolgação. Provavelmente o único momento da minha vida que eu ficaria assim seria quando eu passasse em uma faculdade federal de medicina. De qualquer forma, saber que Amy era amiga de um famoso - por mais que eu não conhecesse muito - era legal e é claro que eu não seria seca com a felicidade de Cath.

Luisa (09:08): "Uau amiga, isso é incrível!! Eu nunca imaginaria uma coisa dessas! Tomara que eles gostem daqui."

Catarina (09:10): "Mas é claro que vão gostar, sabe por que????"

Luisa (09:10): "Por que?"

Catarina (09:11): "Não satisfeita, eu pedi Amy para que eu saísse com eles. No começo ela ficou com receio, dizendo que não queria ficar divulgando isso pra todo mundo e tal, mas é claro que eu não desisti! Daí fiquei insistindo eeeee"

Catarina (09:11): "Pasma, Luisa. EU VOU SAIR COM ELES HOJE A NOITE! AAAAAA"

Luisa (09:12): "Uau!!! Isso é demais. Onde vocês vão?"

Catarina (09:13): "Eu sei lá, alguma balada daqui. O importante é que eu vou fazer essas férias deles serem as melhoras que eles já tiveram!"

Luisa (09:15); "HAHAHA quanta confiança! Pelo jeito então hoje será um bom dia. Aproveite por mim, Cath."

Catarina (09:17): "Claro, Luh. E pode deixar que eu peço um autografo deles pra você."


Continua.

Ooooi mores ♥ Tudo bom?

Espero muito que vocês tenham gostado desse capítulo, de verdade. Ainda não teve encontro de Luisa e Logan masss, isso está próximo.

Quem diria que a Catarina vai sair com eles!!! Imagina se a gente tivesse no lugar dela HUEHEUHE bom, o que vcs acham que vai sair desse rolê? Me contem nos comentários!!

Por favor mores, comentem aqui pra mim o que estão achando. Quero muito saber. Pretendo não demorar muito para postar o próximo cap.

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