Fanfic By Chance. Terceiro Capítulo: Primeira Vista.

LUISA POV

- Me ajuda, Cath! Qual desses dois vestidos você acha que eu coloco? - Perguntei, roendo as unhas de nervoso. Catarina estava jogada de qualquer jeito na minha cama e olhou vagarosamente para as minhas roupas. Assim que fez isso, arregalou os olhos como se tivesse visto o Batman na sua frente.
- Você tá brincando comigo, né Luisa?
- O que? Por que?
- Você comprou essas coisas na onde? No convento? - Levantou-se, pegando nos meus vestidos com desdém. - Se você usar isso vai ficar parecendo uma freira.
- Larga de ser ridícula, Catarina! - Bufei. Só porque os vestidos eram praticamente no joelho? E um pouco largos demais...
- Minha amiga, me escuta: você vai sair com o mozão. Você acha que ele vai gostar de te ver assim?
- Todas as vezes que saímos eu usei roupas desse tipo. - Respondi meio ofendida, enquanto cruzava os braços. - E ele elogiou todas as vezes. - Completei e ela riu.
- Isso foi só pra não dizer a verdade. Precisamos fazer alguma coisa... - Ela olhou pro teto, pensativa. Depois de um tempo, abriu um sorriso. - Quer saber? Usa esse vestido meu.
- Esse que você tá usando? - Arregalei os olhos.
- Sim. - Deu de ombros. - Só me emprestar uma roupa para que eu não vá embora pelada pra casa. Mas acho que vai te servir. - E dizendo isso, Cath tirou o vestido que usava e me entregou. Foi até meu guarda roupa, pegou uma roupa qualquer com uma cara de reprovação e esperou pacientemente até que eu resolvesse trocar também.

Ela só podia estar brincando.

Mesmo que bastante ofendida e achando aquela situação patética, eu respirei profundamente e comecei a tirar minhas roupas e colocar seu vestido. Quando terminei, fui direto para a frente do meu espelho.

Aquele vestido era o que Catarina ia usar para sair hoje. Mas, enquanto reparava minha aparência, eu fiquei realmente surpresa. Eu estava... diferente. Meu corpo estava muito bem acentuado, minhas curvas estavam amostras e combinava com o tom da minha pele.
- Uau! Você está linda! - Cath disse sorridente atrás de mim. E por incrível que pareça, eu tinha que concordar com ela.
- Mas e você? Com qual roupa vai?
- Ah, não se preocupe. Já estou pronta, é só dar uma passadinha na minha casa e pegar outro vestido. Tenho vários desse tipo.
- Muito obrigada, amiga. - Agradeci com sinceridade.
- Ah, não precisa, eu sei que sou eu que sempre salvo a sua vida mesmo.
Depois de ficar me olhando no espelho incansavelmente, Cath começou a passar chapinha em mim e em seguida fez minha maquiagem composta por um delineador, sombra nude e um batom vinho bem destacado. Até parecia que não era eu!
- Augustinho vai ficar maluco, amiga! - Minha amiga disse enquanto eu calçava meus saltos, que na verdade era bem baixinhos - para o desgosto dela - mas era o único que eu conseguia usar tranquilamente sem cair no meio da rua.
- Para de chamar ele de Augustinho, Catarina. - Rolei os olhos.
- Desculpa, eu não posso evitar. - Ela riu. - Quando ele vem?
- Já deve estar vindo me buscar. Combinamos para as 19:00.
- Hum, são 18:55. Pelo o que eu conheço dele já deve estar vindo mesmo. - Catarina não era muito próxima ao meu namorado. Ela até já havia conversado com ele algumas vezes e eles sempre se cumprimentavam quando se viam, mas não havia amizade nenhuma. Augusto me disse uma vez que achava ela atirada demais. Eu havia me incomodado com tal comentário, mas não disse nada. Não podia obriga-lo a gostar dela, por mais que eu soubesse que ele também não a odiava, só... Tinham pensamentos diferentes.
- Você tem certeza que está bom? Tenho medo dele achar que...
- Luisa, ele não tem que achar nada! Você tá linda, está se sentindo linda e pronto. Me ouviu?
- Sim, Cath. - Suspirei.
- Ótimo.
- Vamos descer pra sala. Ficar dentro desse quarto já está me deixando nervosa. - Disse. Descemos as escadas e nos sentamos no sofá da minha sala. Minha mãe estava na cozinha preparando a janta, enquanto meu pai conversava rudemente com ela enquanto estava sentado na mesa. Provavelmente estavam brigando, pra variar.

Mas é claro que eles pararam assim que viram que Catarina estava comigo.

Ainda tinham que manter as aparências. Fingir que nunca brigavam. Fingir que éramos uma família feliz.
- Pra onde você vai, Luisa? - Diogo perguntou assim que adentrou a sala. Dessa vez sua voz estava um pouco mais mansa, e ele até sorriu para a minha amiga. Falso.
- Vou sair com o Gus. Vamos ao cinema depois vamos fazer outra coisa.
- Ah, que ótimo querida. Divirtam-se. - Sorriu. Eu olhei-o com nojo do teatro idiota que ele estava fazendo. Mas infelizmente eu não podia dizer toda a verdade e alertar Cath que aquela não era a realidade. Provavelmente, se fizesse isso, já poderia me considerar morta.
- Obrigada, pai. - Agradeci com o sorriso extremamente forçado. Logo em seguida, escutamos as buzinas. - Ele chegou. Já estou indo. - Levantei-me. - Vem Cath, peço para Gus te deixar em casa.
- Não precisa, ligo pra alguém.
- Não mesmo! Vamos. - Puxei-a, despedindo apenas da minha mãe e saímos de casa. Entrei no banco de carona do carro do meu namorado enquanto Cath ficava no banco de trás, um pouco sem graça. Por incrível que pareça.
- Boa noite, amor. - Sorri, dando-lhe um selinho demorado. - Você está lindo. - Observei. Ele usava uma camisa social verde escuro - que eu tenho certeza que havia custado o preço da minha casa - calça jeans de lavagem escura e sapato social.
- Obrigado, amor. Você que está maravilhosa! - Ele arregalou os olhos, passando-os por mim. Eu corei. - Nunca te vi assim...
- Foi uma surpresa. - Pisquei.
- Uma surpresa muito boa. Ah, boa noite Catarina. - Ele olhou de relance para trás.
- Boa noite, Augusto.
- Tem como deixa-la em casa, amor?
- Sim. - Ele respondeu, ligando o carro e dando partida. O caminho até a casa da minha amiga foi marcado por um silêncio que só não se tornou constrangedor devido a música que Gus colocou. Não demorou muito para que parássemos na frente do local.
- Bom amiga, tenha uma ótima noite. Depois me conta como foi. - Falei enquanto Cath descia do carro e sorria de orelha a orelha para mim.
- Mas é claro! Provavelmente será a melhor noite da minha vida!
- Eu espero mesmo. Tchau, Cath,
- Tchau, Luh. Tenha uma ótima noite também.
- Já vou ter. - Respondi olhando de relance para o meu namorado. Catarina despediu-se de Gus e adentrou sua casa quase tropeçando nos próprios pés de tanta animação. Eu ri.
- Por que ela está assim? - Gus perguntou enquanto voltava a andar nas ruas movimentadas.
- Vai sair com uma banda famosa.
- Sério? Qual banda?
- Big Time Rush. Ela é fã deles e conseguiu ser chamada para sair com eles em uma balada.
- Ah, eu já ouvi falar. Isso explica o porquê da empolgação. - Ele deu de ombros e não tocamos mais no assunto. Seguimos conversando sobre aleatoriedades até chegar no cinema.

LUISA POV OFF

- Vamos fazer o que hoje, Amy? - Perguntei, ouvindo sua respiração do outro lado da linha. Kendall me olhava com repreensão.
- O que você sugerir, Loggie... Levo vocês na onde quiser.
- Hum... Qualquer balada por aqui está ótimo. Os brasileiros sabem como fazer uma festa. - Sorri, recordando-me da noite anterior. Eu simplesmente não queria que acabasse. Foi bom pra caralho.
- Sim, isso é verdade. - Ela riu. - Então está decidido, vou levar vocês em alguma festa. Ah, e tem uma coisa... - Sua voz tornou-se receosa.
- O que, meu bem? - Franzi o cenho. Ao meu lado, Schmidt revirou os olhos ao escutar a maneira como eu havia chamado-a. Prendi o riso.
- Eu... Tem uma garota da minha escola que é muito fã de vocês, e ela é muito legal, daí... Eu deixei ela sair com nós hoje. Fiz merda?
- Ahn, não. Está tudo bem. Como ela chama?
- Catarina. Apesar de só conhece-la de vista, acho que podemos confiar nela.
- Então está tudo bem. Espero que ela seja mesmo muito legal como você diz.
- E ela é! - Fez uma pausa. - Bom Loggie, tenho que desligar, Sabrina acabou de chegar aqui. Então está combinado... Diga para Kends que daqui a pouco ligo para ele.
- Tá bom, Amy. Te vejo mais tarde. Um beijo.
- Um beijo, Loggie. - Ela desligou. E logo em seguida, recebi um tapa bem dado na cabeça.
- Não acredito que você já está nessa intimidade com a Amy. Porra, Logan! Você a conhece faz menos de um dia!
- E que culpa eu tenho? - Perguntei com a maior cara de inocente. - Não é minha culpa se ela já está na minha.
- Seu idiota! Não quero ver minha amiga sofrendo por você.
- Porra Kendall, e eu vou fazer ela sofrer? Para com isso, só estamos conversando numa boa... E eu beijei ela só uma vez.
- Vou fazer questão de alerta-la que você não quer nada sério com ninguém. - Resmungou e eu ri.
- Bom, se quiser... Pode fazer isso, porque eu não quero mesmo. - Dei de ombros, levantando-me. - Bom, vou tomar um banho e já começar a me arrumar. Vai fazer o mesmo e avisa os meninos.
- Estou indo... - Ele se levantou e seguiu até seu quarto. Tomei um banho relativamente demorado e coloquei a minha roupa mais nova. Comecei a pentear meus cabelos, alinhando-os em um topete e já estava passando o meu perfume quando James, Carlos e Kendall se jogaram na minha cama esperando por mim. Era incrível como eles conseguiam arrumar tão rápido.
- Vamos logo, Cinderela. Amy está nos esperando na balada.
- Ela passou o endereço? - Perguntei, me virando para eles.
- Sim. Os seguranças já estão cientes da nossa presença no local e vamos entrar direto para o camarote.
Seguimos até nosso carro que estava em frente ao Hotel, e ao passar pela recepção, tivemos que dar alguns autógrafos e tirar algumas fotos com fãs que estavam ali por coincidência, talvez também hospedados lá. E logo em seguida já estávamos a caminho do local.
Dessa vez tinha demorado bastante, e James quase se perdeu nas ruas. Mas conseguimos chegar vivos na boate e já fomos direto para o camarote. O lugar era grande e a decoração era toda de luzes neon coloridas. A música que tocava alto era alguma eletrônica que eu nunca tinha ouvido.
Avistei Amy conversando com mais quatro pessoas em um canto. Fui até eles, colocando minha mão em sua cintura e chamando sua atenção.
- Loggie! - Ela pulou nos meus braços e deu um abraço apertado, o qual eu retribui com um sorriso.
- Oi, Amy. Atrasamos?
- Claro que não, aqui não tem hora certa. - Ela fez pouco caso. Os meninos se aproximaram de nós no exato momento em que eu fui cumprimentar Rafael, Luccas e Sabrina. Apesar de estarem empolgados com a nossa presença, eles já estavam mais acostumados com isso, diferentemente da nova garota que estava com eles. Ela era bem bonita, tinha os cabelos loiros ondulados, olhos claros, era alta e magra. Usava um vestido preto decotado e curto, e salto alto. Ela me olhava como se eu tivesse três olhos e duas bocas.
- Olá, qual o seu nome mesmo? Me desculpa, eu esqueci. - Entortei a boca, repreendendo-me mentalmente.
- Como assim esqueceu meu nome? Você nem sabe que eu existo! - Ela gritou, horrorizada. Me segurei para não rir. Seu sotaque era bonito.
- Amy me disse que você viria com nós.
- Ah, claro. - Ela se recompôs, pigarreando e abrindo um sorriso. - Meu nome é Catarina, mas pode me chamar de Cath. Eu sou muito fã de vocês! Se você me abraçar eu acho que desmaio aqui mesmo!
- Então acho que eu vou correr o risco. - Fui até ela e envolvi seu corpo em um abraço apertado. Primeiramente ela gritou alto no meu ouvido depois me abraçou como se eu fosse a única coisa que ela pudesse segurar no mundo, depois começou a dar pulos de alegria. Eu gargalhei, aquela garota era louca.
- Eu não tô acreditando! Puta que pariu! Você é muito cheiroso. - Ela bateu palmas.
- Obrigado. - Ri mais uma vez. Os meninos se aproximaram para cumprimenta-la também e ela perdeu toda a cor do rosto, realmente emocionada. Depois de conversar e fazer todos nós rir com seu jeito, decidimos que era hora de começar a beber alguma coisa.
- Se você já é desse jeito normalmente, eu não quero nem ver como é bêbada. - Kendall comentou sobre Cath enquanto Amy nos dava copos com vodka.
- Pois saiba que eu viro a melhor pessoa do mundo quando isso acontece. - Ela arqueou as sobrancelhas, convencida. James gargalhou, se aproximando. Eu já sabia exatamente quais eram suas intenções.
- Ah é? Eu só acredito vendo. - Carlos disse, rindo. Catarina olhou-o com a boca escancarada.
- Você está me desafiando, querido?
- Estou.
- Desafio aceito. Eu adoro isso. - E dizendo isso ela virou todo o copo de uma vez e já se preparou para pegar outro.
- Ops. Acho que falei demais... - Carlos disse, realmente surpreso. Eu já sabia que não era aconselhável duvidar dela, a garota tinha o jeito mesmo que adorava um desafio. E isso acabou de se confirmar. - Cath, eu estava brincando, não precisa...
- Calma, Carlos. Eu bebo assim mesmo, estou acostumada.
- Ótimo. Agora por favor, que música é essa que estava tocando? - Kendall disse, mais animado que o normal. Fiquei feliz com aquilo, ele finalmente estava se divertindo. Terminei o meu copo e já peguei outro que agora estava um pouco mais forte.
- Ah, é funk! Vocês precisam dançar comigo, vamos pra pista! - Cath gritou animada, arrastando todos nós pra pista, a qual fomos sem reclamar.

LUISA POV

- O filme foi ótimo, amor! - Comentei sorrindo enquanto saíamos do cinema de mãos dadas. Fomos assistir um filme de guerra que confesso não ser muito a minha praia, mas se ele estava gostando, eu também estava.
- Fico muito feliz que tenha gostado, Luh. O que quer fazer agora?
- Hm... Você que escolhe! Estava pensando em irmos comer alguma coisa...
- Claro. O que acha daquele restaurante japonês? - Perguntou sorridente. Ele sabia que eu gostava disso.
- Melhor coisa, Gus! É lá mesmo que nós vamos. - Adentramos seu carro e ele logo deu partida. O trajeto até nosso destino foi marcado por nós dois conversando animadamente sobre as músicas que tocavam no carro.
Quando chegamos, fomos direto para uma mesa próxima a uma janela que dava uma vista linda para o Rio. Aquilo era tão romântico que me fez sorrir de orelha a orelha. Fizemos nossos pedidos e, assim que o garçom se retirou, eu me aproximei dele contente.
- Estou adorando essa noite. Fazia tempo que não saíamos.
- Sim, eu sei. - Ele suspirou. - Me desculpa por não conseguir ter tanto tempo pra você, amor. A faculdade é bem mais puxada do que eu imaginava.
- Você definitivamente não precisa me pedir desculpa por isso! - Exclamei rapidamente. Não queria que ele se sentisse culpado por isso. - Eu sei o quanto você se esforça para se tornar um bom profissional. Eu admiro isso e quero que você continue seguindo os seus sonhos.
- É por isso que eu amo você. - Gus sorriu lindamente. - Mas e você, ainda segue o sonho de também fazer medicina?
- Claro! Eu vou fazer de tudo para conseguir passar, Gus. Estou estudando muito pra isso.
- Continue assim. Não é fácil.
- Eu sei disso. Por isso vou batalhar muito e vou conseguir. - Disse, firme. Eu sempre tinha o pensamento de que pensar positivo sobre algo ajudava a virar realidade.
- Com certeza, meu amor. - Nossas comidas chegaram e nós paramos de conversar um pouco para saborear. Eu sabia que Gus não gostava muito de comida japonesa mas ele sempre passava por cima disso porque sabia que eu amava.
Os assuntos a seguir foram bem aleatórios. Conversamos sobre medicina, filmes, comida... As horas foram se passando e eu ficava cada vez mais animada com aquela noite. Fui interrompida enquanto ria de uma piada que ele havia feito pelo meu celular que tocava descontroladamente.
- Espere um pouco. - Olhei o visor do meu celular. O número não estava na minha lista de contatos. Atendi. - Alô?
- Quem está falando? - A voz era bem diferente, eu não havia reconhecido. E tinha um sotaque americano, pude perceber.
- Luisa. Quem é?
- Ah, graças a Deus! É a Amy.
- Amy? - Franzi o cenho imediatamente. Era a americana que fazia intercâmbio na escola. Como ela havia conseguido meu número? Nós nem conversávamos.
- Isso! Você sabe quem é, né? Meu Deus, eu preciso muito de você! - Sua voz estava desesperada e eu senti um frio chato na barriga. Pedi licença para Augusto e sai do restaurante para escuta-la melhor.
- O que aconteceu?
- Bom, por onde começo... Você sabe que Catarina ia sair comigo hoje?
- Sim, ela me contou.
- Então, fomos para uma festa... E ela bebeu demais, tipo, muito mesmo...
- O que? - Aumentei meu tom de voz, bufando. Catarina definitivamente não consegue se controlar. - Como ela está?
- Muito mal. Ela não está conseguindo ficar em pé. Os meninos falaram que era melhor leva-la para um hospital, mas acho que não é necessário, então peguei o celular dela e resolvi ligar para o primeiro número que apareceu, no caso o seu.
- Ela está vomitando? - Mordi os lábios, nervosa. Era horrível até imaginar minha melhor amiga naquela situação.
- Estava dizendo que está com enjoo, agora não fala mais nada. Estou com medo...
- Calma Amy, onde vocês estão? - Perguntei. Eu sabia que estava em um encontro romântico com o meu namorado mas eu não podia simplesmente ignorar o fato de que minha amiga estava bodando. Amigas não faziam isso. Amy passou-me o endereço e eu desliguei dizendo que chegaria lá o mais rápido possível. Entrei no restaurante e olhei aflita para Augusto, que murchou o sorriso.
- O que houve, Luisa?
- Catarina está passando muito mal... Ela bebeu demais e eu aposto que fumou algo também. Por favor, você tem que me levar até ela.
- O que? O que ela tem na cabeça? - Augusto perguntou, arregalando os olhos.
- Você sabe que a Cath é muito intensa, as vezes ela se descontrola...
- Ela não tem juízo na cabeça, Luisa. - Ele me interrompeu. - Você vai estragar nossa noite?
- Gus, por favor entenda: ela é minha melhor amiga. Eu não posso deixa-la na mão. Sei que esse não é o melhor final para essa noite, mas eu prometo que vou recompensar isso depois. Está bem? - Tentei ser o mais doce possível. No entanto, ele não respondeu, apenas se levantou e foi pagar a conta. Puxou-me pelo braço e me levou até o carro.
Suspirei profundamente, ressentida, enquanto sentava no meu lugar. Eu sabia que aquela não era a melhor forma de terminar a nossa noite juntos, mas Gus tinha que entender...
- Onde ela está?
- Lá na boate Evolution. Sabe onde fica?
- Sei. - Ligou o carro. Não ficava muito longe da onde estávamos. Passou-se poucos minutos de puro silêncio e Augusto estacionou um pouco longe da entrada.
- Eu vou lá ver como ela está. Provavelmente vai ter que ir embora, daí você leva nós duas pra minha casa, certo? É melhor ela dormir lá.
- Você que sabe, Luisa. - Ele murmurou. Eu sai do carro e caminhei em direção a entrada do Evolution. Já podia perceber que havia algumas pessoas tumultuadas em frente. Apressei meus passos assim que Amy me fitou. Ela veio correndo até mim.
- Ainda bem que você chegou, Luisa! - Ela colocou a mão no peito, aliviada.
- Onde ela está?
- Ali com o James. - Ela apontou e então eu percebi. Meus olhos arregalaram quando eu observei seu estado deplorável. Ela praticamente não conseguia ficar em pé e era sustentada pelos braços fortes de um cara alto que provavelmente era esse James. Acho que eu já tinha visto-o em algum lugar...
Corri até lá, incrédula. Me abaixei um pouco para ficar na altura de Catarina e tirei seus cabelos embaraçados do rosto.
- Cath? Cath, você tá bem?
- Lu... Luisa? - Ela murmurou depois de um tempo, abrindo um sorriso bobo. Seus olhos, antes fechados, abriram-se um pouco.
- Isso! Amiga, o que você arrumou?
- Luisa! - Ela gritou, rindo alto. Sua voz falhando consideravelmente. - Eu acho que nunca bebi tanto na minha vida! Você acredita?
- Você fumou também?
- Eu fiz tudo que você pensar.
- Que merda, Catarina! - Exclamei, realmente nervosa. Ela não tinha nada na cabeça! Baguncei meus cabelos, procurando uma solução para aquilo. Foi então que eu reparei que havia alguns garotos me fitando. Um em especial não desviava a olhar de mim um minuto. Eu senti o meu sangue ferver.
- Como vocês deixam ela fazer isso? - Perguntei e todos me olharam como se eu fosse uma alienígena. Primeiramente eu estranhei o fato de que eles não me responderam, mas logo em seguida a ficha caiu: Cath sairia com aquela banda que ela gosta hoje. E eram eles. Eu tinha certeza. Não tinham entendido o que eu havia falado porque não sabem falar português. Depois de ter percebido que aquele era o Big Time Rush, eu fiquei um pouco tímida. Mas não tanto, afinal, eles deixaram minha melhor amiga naquele estado. Então resolvi xinga-los novamente, mas agora em inglês, o cursinho de anos que eu fiz finalmente sendo usado para alguma coisa. - Por que vocês não fizeram nada? Olha a situação dela!
- Qual o seu nome? - Um loiro me perguntou. Eu escancarei a boca.
- E isso importa?
- Eu não sei quem é você.
- E vai continuar não sabendo. A minha amiga não deveria ter saído com vocês, olha só como ela está! Isso daqui não foi só bebida!
- Eu acho que ela cheirou alguma coisa também... - James comentou.
- O que? - Gritei. - Mas que merda!
- Eu falei pra ela não fazer isso, disse que ia dar uma merda muito grande, mas ela não me escutou...
- Ah claro. Não quero saber. Deixa ela comigo. - Tirei Catarina dos braços do moreno alto e ela se enroscou no meu pescoço dizendo frases desconexas.
- Quer que... Eu leve vocês pra algum lugar? - O moreno de topete que não parava de me olhar perguntou. Eu fitei-o de cima em baixo.
- Não. Eu já tenho quem leve. - E dizendo isso, dei meia volta e segui até o carro de Gus com uma Catarina completamente louca jogada pra cima de mim.

LUISA POV OFF.

Catarina é definitivamente muito louca. Ela havia feito tudo que tinha direito e um pouco mais. E nós até tentamos - e muito - impedi-la mas a garota apenas dizia que não precisávamos nos preocupar e continuava com o que estava fazendo.
Amy estava desesperada e disse que havia ligado para uma amiga dela. Os minutos que se passaram até a garota chegar foram marcados por todos aflitos com o estado da Cath. Se ela não ficasse bem nós estávamos muito fodidos.

Mas as preocupações da minha cabeça se esvaíram rapidamente assim que a tal amiga da Catarina chegou.

Seus cabelos eram escuros, longos e ondulados. Seu rosto era muito bem marcado, a boca carnuda, os olhos escuros hipnotizantes. O corpo dela era alto e curvilíneo, muito bem proporcional, marcado pelo vestido. Ela era simplesmente maravilhosa. Eu não sabia exatamente o porquê, mas eu não conseguia desviar os olhos dela.
A garota estava nervosa e xingando todo mundo. Com razão, Cath estava mal de verdade. E por mais que nessa hora eu deveria estar ajudando, não conseguia. Cada movimento dela me despertava algo que eu não sabia o quê. Porra, eu não estava sabendo de nada naquele momento! Eu só conseguia olhar pra ela.
E então, a garota pegou Cath nos braços e, depois de ter me respondido de forma grosseira, entrou dentro de um carro e sumiu das minhas vistas. Todos ao meu redor comentavam sobre a situação embaraçosa que havia acabado de acontecer, menos eu.

No momento, só conseguia pensar em uma coisa: eu definitivamente precisava saber quem era ela.

Continua.

Oooooi mores, tudo bom?

Bom, primeiramente, espero que voces tenham gostado de verdade. Finalmente os dois se viram pela primeira vez, por mais que tenha sido em uma situação super embaraçosa HUEHUEHE Agora sim a fanfic começa de verdade.

Quero pedir desculpas pela demora e explicar o porquê. Cogitei a possibilidade de não postar mais essa fanfic porque eu tô com bloqueio. Não estou conseguindo continuar. Sei que é um saco essa demora toda mas, não posso escrever qualquer coisa. Não quero parar de escrever essa fic, mas por favor, tenham um pouco de paciência. Pode ser que eu demore mais que o normal para continuar, mas o motivo é esse. Me desculpem. 

Enfim, estão gostando? Por favor, comentemmm! Podem ter certeza que o apoio de vocês me motiva MUITO na hora de escrever. Quero saber o que voces estão achando!!

Xx

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