Fanfic By Chance. Quarto Capítulo: Boyfriend.





LUISA POV

A viagem até minha casa foi bem silenciosa, exceto pelo fato de Catarina não parar de rir e dizer coisas sem nexos, como por exemplo: "Alguém viu o duende que estava ali? Eu vi! Ele é rosa, tava mijando naquela esquina...". Eu não sei o que ela havia usado, mas com certeza estava louca.
Assim que Gus estacionou em frente aonde eu moro, eu suspirei. Olhei-o com um pouco de culpa, vendo sua expressão extremamente séria.
- Mais uma vez, desculpa amor. Eu te ligo amanhã.
- Ok. - Foi só o que respondeu. Suspirando, dei-lhe um selinho e saí do carro, abrindo a porta de trás e praticamente pegando Catarina no colo. Ela estava mole e descabelada.
Leva-la até meu quarto sem acordar meus pais seria uma tarefa bem complicada. Eles não podiam vê-la desse jeito, muito menos saber que ela estava lá. Não sei quais seriam as reações.
- Cath, por favor, fique bem caladinha e tenta fazer o mínimo de barulho possível, está bem?
- Por que? Estamos invadindo a casa de alguém? Uau! - Ela gargalhou, animada. Eu arregalei os olhos.
- Não! Estamos na minha casa mas, meus pais estão dormindo. Caladinha, viu?
- Isso! Caladinha, caladinha, caladinha... Xiu. - Ela murmurava, tentando andar sem minha ajuda. Abri a porta principal escutando o carro de Augusto partir e observei atentamente a escuridão da minha sala e o resto dos cômodos. Eles haviam mesmo ido dormir, o que já era de se esperar, já que estava bem tarde.
Com os braços apoiados em meu ombro, Cath andava bem de fininho, ainda sussurrando que ela devia ficar calada. Subimos as escadas lentamente e, assim que avistei a porta do meu quarto, quase chorei de felicidade e agradeci a Deus. Estava dando tudo certo.
Quando adentramos o meu quarto, eu tranquei a porta e suspirei aliviada. Mas assim que fiz isso Catarina perdeu o equilíbrio e provocou um barulho alto ao cair no chão. Arregalei os olhos, indo rapidamente até minha amiga ajuda-la a se levantar.
- Cath, cuidado! Você se machucou?
- Não, eu estou ótima.
- Tomara que meus pais não tenham ouvido isso... Tá legal, você precisa de um banho.
- Eu preciso de uma cerveja, isso sim. - Ela bufou enquanto eu levantava-a.
- Cala a boca e não faça barulhos. - Entramos no pequeno banheiro que eu havia no meu quarto, mas que era uma maravilha, principalmente nesse momento. Coloquei o chuveiro no frio e liguei, puxando Cath para baixo. Ela nem ligou com o frio e nem com nada, apenas me obedeceu.
Enquanto a água ia escorrendo pelo seu corpo, Catarina ia ganhando um pouco do equilíbrio, o suficiente para que só se segurar na parede já fosse o necessário para permanecer em pé. Vendo isso, eu suspirei, indo até meu quarto e escolhendo um pijama qualquer para ela. Assim que terminei de pegar um e fechei a porta do meu guarda roupa, escutei alguém chamando pelo meu nome.
- Luisa?
- Mãe? - Gelei. Ela havia acordado.
- Filha, o chuveiro está ligado? Que barulho foi aquele? Chegou agora? - Ela tentou abrir a porta mas estava trancada. Engoli em seco.
- Ahn... Sim, eu cheguei agora. Aquele barulho foi porque eu esbarrei em algo sem querer, nada demais.
- Por que o chuveiro está ligado, Luisa?
- Eu... Eu estou lavando meu cabelo.
- O que? Essas horas? Por que? - Tentou abrir a porta mais uma vez. - Abre a porta, Luisa.
- Mãe, eu estou lavando o cabelo porque deixei cair molho nele hoje quando fui no restaurante com o Gus. Nada demais. Não quero ir dormir com o cabelo fedendo, sabe?
- Ok, mas... Por que não abre a porta?
- Mãe eu estou pelada. - Disse. Tudo ficou em silêncio e eu rezei mentalmente para que aquela desculpa tivesse funcionado. Senão, eu estava ferrada.
- Ah, entendi. Por favor filha, não faça muito barulho senão seu pai acorda. E você sabe como ele fica nervoso quando alguém interrompe o sono dele...
- Sim, eu sei. Pode deixar que eu vou fazer menos barulho mãe, desculpe.
- Tudo bem, querida. Boa noite.
- Boa noite, mãe. - Assim que escutei os barulhos dos passos dela, suspirei aliviada agradecendo aos céus por ela não ter me obrigado a abrir a porta.
Entrei no banheiro e Catarina estava sentada no chão com os olhos fechados enquanto a água caía sobre ela. Fechei-o depois de um tempo.
- Consegue se levantar sozinha? - Perguntei e ela tentou se levantar com bastante custo. Depois de uma ajudinha minha, finalmente conseguiu. Peguei uma toalha minha e primeiro tirei suas roupas, depois enxuguei seu corpo e tirei o excesso de água de seus cabelos claros. Ela permanecia em silêncio com os olhos fechados. Assim que coloquei meu pijama nela - com bastante dificuldade - e enrolei a toalha em sua cabeça, puxei-a com cuidado para fora do banheiro.
- Pode ir dormir, Cath. Descansa bastante, você precisa.
- Aham... - Ela finalmente abriu os olhos, olhando seu corpo. Em seguida, deu uma risada. - Esse pijama é de ursinho?
- Sim, por que? - Perguntei, ofendida.
- Que coisa mais broxante. - Ah claro. Ainda era minha melhor amiga ali, ela com certeza ia fazer aquele tipo de comentário.
- Cala a boca, Cath. Você precisa dormir, vá. - Conduzi-a até a cama, onde ela deitou sem nem pensar duas vezes. - Boa noite, amiga.
- Boa noite.

[...]

- Onde eu estou? - Escutei uma voz murmurar e virei para trás, encontrando Catarina com os olhos franzidos e a cara extremamente amassada. Quase ri.
- Bom dia, Cath. Você tá na minha casa.
- Luisa? Que porra aconteceu? Eu não saí com você ontem. - Ela murmurou, se espreguiçando. - Droga... Minha cabeça está explodindo.
- Ah claro, agora que você está consciente acho que posso começar com o meu sermão. - Disse, sentando na minha cama, de frente pra ela. - O que você tem na cabeça, Catarina Muniz? Sabe o que poderia ter acontecido se eu não tivesse chegado lá? Sinceramente não sei, porque parece que todos tinham merda na cabeça!
- O que? Do que você tá falando? - Ela se sentou também com um pouco de dificuldade.
- Você não se lembra de nada?
- Ahn... Eu lembro que fui na balada com os meninos do Big Time Rush. AI MEU DEUS, É MESMO! - Ela gritou, pulando na cama com um sorriso de orelha a orelha. - Eles são maravilhosos! Pelo amor de Deus, eu não tô acreditando até agora, Luisa!
- O que mais você lembra? - Ignorei sua empolgação, séria.
- Lembro que comecei a beber descontroladamente e usar tudo que eu via pela frente... Daí não me lembro de mais nada.
- Então pode deixar que eu te conto. Você ficou louca e não conseguia ficar em pé sem ajuda. Estava dizendo coisas desconexas e sua aparência estava horrível.
- O que? - Ela arregalou os olhos, horrorizada.
- Isso mesmo, Catarina. - Assenti. - Percebeu agora o que fez? Percebeu como o álcool e essas outras substâncias podem fazer mal e...
- Eu estava feia? - Ela me interrompeu e eu fiquei incrédula.
- Você só ouviu isso do que eu disse?
- Claro Luisa, eu tava feia perto do BTR! Que merda, merda, merda... Nunca mais eles vão querer me ver... - Ela se jogou na cama choramingando. Eu fiquei sem saber o que dizer, nervosa. Ela não estava nem aí pelo fato de ter ficado louca e isso me irritava.
- Quando você vai criar um pouco de juízo nessa sua cabeça? Ontem podia ter acontecido algo grave!
- Você tá pior que a minha mãe, fala sério...
- Por falar nisso, ela ligou. Eu disse que você veio dormir aqui em casa porque era mais perto do lugar onde você estava. Ela acreditou.
- Obrigada por isso, amiga. Agora me conta, paguei muito mico?
- Enquanto eu estava presente, você não fez nada demais. Seria pior se tivesse resolvido correr pelada na rua.
- Não seria pior, meu corpo é lindo, todos iam adorar. - Ela riu da cara que eu fiz.
- Eu vou te ignorar pro resto da sua vida.
- Luisa, para com isso. E me explica, Augustinho nos trouxe aqui?
- Sim.
- Como conseguiu convence-lo? Tenho certeza que ele não gostou nem um pouco disso.
- Não mesmo. - Suspirei, triste. - Ele está nervoso comigo.
- Ah, desculpe se estraguei alguma coisa...
- Está tudo bem quanto a isso, Cath. Estou brava com você pelo fato de ser uma irresponsável.
- Me desculpe também por isso, talvez eu tenha passado um pouquinho do limite ontem... - Ela suspirou. - E provavelmente eles nunca mais vão querer saber de mim.
- Ah, pode ter certeza. Sair com uma garota que fica inconsciente no final da noite não faria bem pra imagem deles.
- Sim, depois vou me desculpar com Amy. Mas eles são maravilhosos Luh, em todos os sentidos! Eu me diverti muito com eles, nas horas que me lembro...
- São todos irresponsáveis, o que é estranho já que são celebridades. Imagina se eles ficassem com medo da notícia correr e deixassem você lá sozinha?
- O que? Luh, eles não fariam isso! - Ela gargalhou, incrédula.
- Como pode ter certeza?
- Eu tenho certeza, não importa. São garotos muito legais e eu quero muito que eles me perdoem por tudo e me deixem sair mais uma vez com eles. Inclusive, acho que o James está na minha. - Ela sorriu, batendo palmas. Eu lembrava desse James, era o cara que estava mais nervoso de todos eles. Realmente era uma gracinha.
- Se fosse eu, não perdoaria. - Impliquei, levantando. Ela jogou um travesseiro em mim e nós duas rimos. Era uma merda quando eu não conseguia ficar devidamente nervosa com ela.
- Seus pais sabem que eu estou aqui?
- Não...
- Ah, então acho melhor eu já ir. - Ela se levantou lentamente. Tirou a toalha dos cabelos e riu quando percebeu a roupa que estava. Rolei os olhos.
- Nem comenta sobre o meu pijama Catarina, você já fez isso ontem.
- Sério? Pelo menos eu ainda tinha um pouco de senso então.
- Como você é engraçada! Suas roupas já estão secas, estão no banheiro. - Disse. Ela foi até lá e se trancou. Eu aproveitei para me levantar e alongar um pouco, sempre fazia isso quando acordava cansada demais. Depois de um tempo, minha amiga saiu do banheiro com suas roupas e os cabelos penteados.
- Seus pais acordaram?
- Não escutei nenhum barulho, então provavelmente não.
- Ótimo. Vou sair pela porta da frente.
- Já vai?
- Sim, minha mãe provavelmente quer me matar. - Ela entortou a boca.
- Mas... Você está bem mesmo? Tenho alguns remédios na cozinha...
- Só preciso de algo pra ressaca, minha cabeça está pesando. Fora isso, acho que consigo chegar em casa bem. - Descemos as escadas em um silêncio absoluto. Dei para Cath o remédio específico e em seguida, ela foi embora, me agradecendo milhares de vezes pelo o que eu fiz com ela. Mas no fundo ela sabe que não precisava agradecer, eu sempre estaria do lado dela.

LUISA POV OFF

Se eu havia dormido três horas, era muito. Meus olhos estavam grudados naquele teto branco e eu não fazia ideia de quanto tempo havia passado. Minha cabeça estava cheia de lembranças e pensamentos sobre ontem.
Primeiramente eu estava verdadeiramente preocupado com Catarina. Não sabia como ela estava e eu sentia que devia saber. Provavelmente estava bem, mas mesmo assim, ainda ia procurar saber como ela estava. A garota havia saído com nós e seria muita babaquice se eu não estivesse nem aí com ela.

E logo em seguida, eu me lembrei daquela garota.

Eu não sei que porra está acontecendo comigo. Talvez fosse muita vontade de beija-la, mas por que isso não sai da minha cabeça? Por que eu estou com tanta vontade assim? É só uma garota. Tudo bem que ela é muito linda, mas... Ah, que merda. Eu desisto de tentar me entender.
A única vez que ela se dirigiu a mim foi bem grossa, mas eu definitivamente não estava ligando pra isso. Bom, acho que já era de esperar, a amiga dela estava tão mal que nem conseguia ficar em pé. Talvez ela estivesse pensando que nós não estávamos nem aí com ela e que se alguém soubesse disso poderia prejudicar a nossa imagem. Isso até poderia ser verdade - a parte que prejudicaria nossa imagem - mas eu acho que ninguém ia pensar nisso na hora. Ajudar a garota era mais importante. E eu senti uma necessidade muito grande de deixar isso bem claro para aquela garota.
Na verdade, eu estava sentindo uma necessidade muito bem grande de saber o nome dela. Conversar com ela. Chama-la pra sair. Ela não ia recusar, certo?
Levantei da minha cama, decidido que ia fazer isso agora. Os meninos estavam reunidos na piscina do hotel e eu fui até lá, vendo-os conversando em um canto do local. Era grande, assim como a piscina, e por um milagre havia poucas pessoas.
- E aí, Logan. Estava com muito sono? - Kendall perguntou enquanto eu me jogava ao seu lado e colocava meus óculos escuros.
- Eu estava acordado.
- Então por que não respondeu minha mensagem e desceu pra cá?
- Porque eu não quis. - Dei de ombros. - Enfim, do que vocês estavam conversando?
- Sobre ontem. Tirando a parte final da nossa noite, foi ótimo. - Carlos disse.
- Eu nunca me diverti tanto em uma festa, cara. Teve uma garota que colocou vodka no umbigo e mandou eu beber! - Eles riram.
- Foi divertido mas, estou preocupado com a Catarina até agora.
- Oh, com certeza. - James respirou fundo. - Não temos notícia dela e eu realmente quero saber como ela está.
- Acho que posso pedir Amy o número dela. - Kendall comentou, pegando seu celular.
- Faça isso. - Carlos murmurou. Depois de um tempo, Kendall conversou com Amy e ela passou o número da doidinha de bom grado. Logo já estávamos ligando pra ela, que atendeu na terceira ligação. Kendall colocou no viva voz.
- Alô? Quem é?
- É o Kendall, Cath. Na verdade somos todos nós. - Ele e todos falaram "oi". O telefone ficou mudo. - Catarina?
- Você tá brincando comigo? Vocês sabem meu número?
- Sim, pedi para Amy e ela...
- AAAAAAH! - O grito foi alto, eu realmente assustei. E não fui o único. - Meu Deus do céu, o mundo está conspirando ao meu favor! Em que parte da minha vida eu ia imaginar que o BTR ia me ligar?
- Acho que é seu dia de sorte, então. - Brinquei.
- Bom, tirando a ressaca infernal, é mesmo.
- Ah, é sobre isso mesmo que queríamos falar... Como você está? - James perguntou, receoso.
- Agora eu estou bem. Como disse, estou com dor de cabeça mas nada que o remédio que tomei não resolva. - Ela suspirou. - Gente, me desculpe por ontem. Passei dos limites e não foi legal. Não queria causar problemas pra vocês...
- Está tudo bem, Cath. Nós nos divertimos muito.
- Sim, com certeza. Mas de qualquer forma, me perdoe por ter feito merda. Amei ter passado algumas horas com vocês, são todos incríveis.
- Obrigado! - Carlos sorriu de orelha a orelha.
- Você também é incrível, Cath.
- Ah, assim eu infarto do coração, James! - Ela praticamente gritou.
- Certo, queremos te ver mais vezes. Podemos marcar de sair agora que temos seu número.
- O que? Sério?
- Claro!
- Eu tenho certeza que a ficha vai demorar pra cair, porque eu estou abismada. Tipo, eu sou muito fã de vocês mesmo! É um sonho pra mim pensar que vamos sair juntos. - Eles continuaram conversando e eu fiquei em silêncio, pensativo. Foi só quando Kends disse que ia desligar que eu intervi.
- Não, espere. Preciso falar com o Cath em particular.
- O que foi, Loggie? Tá gostando de mim? - Ela brincou. De relance, percebi que James fechou a cara.
- Mas é claro, Cath. - Brinquei. - Preciso falar com você. - Peguei o telefone e fui para um canto mais afastado, tirando do viva voz. Respirei fundo. - Preciso saber de uma coisa.
- Pode falar, o que foi?
- Aquela sua amiga... Que te levou embora, sabe?
- Ah claro! É minha melhor amiga.
- Qual o nome dela?
- Luisa. Luisa Albuquerque. - Ela disse e eu travei o maxilar. O nome dela era Luisa. Finalmente eu sabia alguma coisa sobre ela. - Mas por que quer saber?
- Eu gostei bastante dela. - Fui direto e ela riu.
- Oh, eu já entendi tudo. Ficou interessado?
- Fiquei muito interessado, Catarina.
- Eu não acredito! Ela vai morrer quando ficar sabendo disso! Morrer de vergonha, no caso, ela é bem tímida.
- Ah é? Não foi isso que pareceu. - Ri, sem humor.
- Por que?
- Ela foi bem grossa comigo. Mas eu entendo, você estava mal e tecnicamente a culpa é nossa.
- Não, a culpa é minha que não tenho limites. Não se preocupe, eu e a Luh já conversamos sobre isso. Provavelmente ela não está com raiva de vocês e coisas do tipo.
- Menos mal. Eu preciso do número dela. Você pode me dar?
- Claro! - Ela passou-me o número, o qual eu salvei cuidadosamente. Sorri, satisfeito. - Mas eu não posso te garantir nada. Ela...
- Está tudo bem. - Interrompi-a. - Eu dou o meu jeito. Obrigado, Cath.
- Quando precisar eu estarei aqui, coisinha linda!
Depois de dar o telefone para Kendall e ignorar as perguntas dos meninos, eu subi para o meu quarto. Não sabia exatamente qual era o melhor a se fazer.
Provavelmente se eu ligasse para ela e falasse que era o Logan Henderson ela ia achar que era um trote e desligaria na minha cara. As vezes era uma merda ser famoso.
Fiquei jogado na minha cama por horas, pensando sobre isso. Até ouvir meu celular tocar e atender sem nem ver quem era.
- Loggie, primeiramente não me mate, pedi seu número para o Kendall e ele me passou.
- Por que eu te mataria por causa disso? - Sorri.
- Não sei, talvez porque você é uma celebridade e passar seu número para estranhos seria arriscado demais porque alguém poderia divulga-lo?
- Você não é uma estranha. E eu confio em você.
- Confia nada, mas sabe que eu não vou passar seu número pra ninguém. Exceto para a Luisa. - Catarina disse e eu comecei a achar aquela conversa interessante.
- Por que me ligou?
- Sabe, eu acho que se você ligar pra ela e dizer quem é, Luisa vai desligar na sua cara.
- Eu estava pensando exatamente nisso.
- Pois é. Por isso resolvi ajuda-lo.
- E como vai fazer isso, Catarina? - Sorri, sentando na cama. Ela riu.
- Vou chama-la para comermos algo... Mas na verdade, você vai no meu lugar.
- Sério? - Meu sorriso se aumentou. Era uma ótima ideia.
- Claro.
- Muito obrigado, Cath.
- Não precisa agradecer, Loggie. - Eu já ia desligar o celular, mas então me lembrei de algo.
- Cath?
- Sim?
- Por que está fazendo isso por mim? - Perguntei e ela demorou um pouco para responder, suspirando.
- Acho que será uma boa ideia. - Ela riu baixo. - Mais tarde te ligo para combinarmos tudo.
- Certo.

LUISA POV

- Oi, Luisa.
- Oi, amor. - Mordi o lábio inferior, pressionando com mais intensidade o celular no meu ouvido para escuta-lo melhor. - Tudo bem?
- Ah, sim. E você?
- Bom, eu não sei. Estarei bem se você estiver bem comigo. Me desculpa por ontem...
- Está tudo bem, Luh. Eu entendo que... você precisava ajudar sua amiga. Avise Catarina que ela precisa ser mais responsável.
- Ela já está cansada de saber disso, Gus. - Suspirei. - Mas ela nunca aprende.
- Devia aprender. Vai ter uma hora que você não vai poder ajuda-la.
- Eu não quero pensar nisso. - Rebati, engolindo em seco. - Então... Estamos bem?
- Sim, amor. Estamos. - Ele murmurou e eu sorri, aliviada.
- Hoje você estará ocupado de noite? Pensei que podíamos sair novamente...
- Desculpa Luh, hoje eu estou lotado de trabalhos para fazer...
- Tudo bem, amor. A gente sai outro dia. - Tentei parecer impassiva mas no fundo havia ficado realmente triste de não poder passar o sábado com meu namorado. Eu já devia ter me acostumado.
- Sim, com certeza.
- Bom, não vou te atrapalhar mais. Tenha um bom dia Gus, e bons estudos.
- Obrigado, Luh. Tenha um bom dia. - Desliguei o celular e joguei ele de qualquer jeito na minha cama. Minha mãe gritou pelo meu nome pela vigésima vez e eu suspirei, finalmente criando coragem para descer as escadas e chegar na cozinha para tomar o café da manhã. Ela e Diogo estavam sentados e eu fiz questão de sentar no outro lado da mesa.
- Bom dia, querida. - Minha mãe sorriu.
- Bom dia, mãe. - Respondi. Meu pai apenas me lançou um olhar de relance.
- A água estava fria? - Denise perguntou e eu franzi o cenho.
- O que? - Perguntei, confusa. Do que ela estava falando?
- Ah, bom... Você tinha tomado banho de madrugada, certo?
- Ah! Claro! - Pigarreei, me lembrando da desculpa que havia inventado para cobrir Catarina. Merda, como eu pude esquecer?! - Na verdade não, estava até quente.
- Por que tomou banho de madrugada, Luisa? - Meu pai perguntou, encarando-me com sua típica cara de superior.
- Ah, tinha... caído molho no meu cabelo e eu não quis... dormir toda suja.
- Molho? Qual restaurante foi com o Augusto? Suponho que tenha sido aqueles que, quanto menor o prato, mais caro é. - Ele riu sozinho da sua própria piadinha idiota.
- Fomos em um restaurante japonês.
- Que mau gosto.
- Deve ter sido uma ótima noite. - Minha mãe comentou sorrindo, claramente tentando eliminar o clima ruim que meu pai tinha o dom de criar. Eu assenti.
- Sim, foi ótimo.
- Vai sair com ele essa noite também?
- Não. Ela vai estar ocupado estudando.
- Ele sempre está estudando. - Meu pai interrompeu, rancoroso. - Sabe o que eu acho, Luisa? Acho que Augusto fica entediado porque você não é boa o suficiente para ele.
- Diogo! - Minha mãe exclamou, horrorizada. Eu fiquei olhando para o meu pai com os olhos arregalados, realmente magoada com o que ele havia falado. Como ele podia dizer uma coisa dessas?
- O que foi? É a verdade! Mas eu espero que você resolva isso Luisa, porque você sabe que eu não vou aceitar que termine esse namoro.
- Com licença, eu perdi o apetite. - Murmurei, praticamente correndo até meu quarto e trancando a porta com força. As lágrimas tão familiares começaram a cair no meu rosto, o que era uma droga. Eu já devia me acostumar, todos os dias escutava coisas do tipo. Meu pai nunca perdia a oportunidade.
Respirando fundo e memorizando na minha cabeça que eu devia descartar tudo que meu pai me falava, resolvi assistir uma série para esfriar um pouco os nervos. Fiquei nessa por horas, e quando minha mãe chamou-me para o almoço, eu avisei-a que não iria almoçar. Falei para ela que era porque eu ainda estava cheia do café da manhã, mas aquilo era mentira. Eu apenas não queria ter que encarar o meu pai novamente.
Minha tarde foi marcada por vários e vários livros e cadernos de matemática. Tinha que estudar para a prova de segunda-feira, mas fui interrompida por Cath me ligando.
- Oi, amiga.
- Olá meu amor! Como você está?
- Bem. - Murmurei, fechando meu livro e me jogando na cama. - E você?
- Estou ótima, e vou ficar ainda mais se você aceitar o meu pedido.
- Que pedido, Catarina? - Franzi o cenho, rindo. Boa coisa não era.
- Vai sair com o Augustinho hoje?
- Não, ele estará ocupado.
- Ótimo! Então vai sair comigo.
- O que? Ah Cath, desculpe, eu...
- Não inventa desculpa pra mim! Eu sou sua melhor amiga, sua ridícula!
- Eu sei, mas...
- Mas nada, Luisa. Vamos sair hoje por bem ou por mal. Se for preciso eu vou na sua casa e te arrasto pela rua! - Ela disse e eu ri.
- Como você é chata, Catarina... Onde está pensando em ir?
- Vamos engordar uns quilos, te espero no McDonalds, às 20:00. Não se atrase, e vá bem bonita porque depois vamos dar uma volta. Eu te amo, se me der o bolo, eu te mato. - E desligou, me deixando sem opções e escolhas. Respirei fundo, pensando sobre aquilo. Acho que não teria problema em sair com a minha melhor amiga para comermos alguma coisa. Sem contar que fazia tempo que não saíamos juntas. É, eu iria.
As 20:00 não demoraram a chegar. Logo eu já estava pronta, com os meus cabelos ondulados naturais, a maquiagem leve e um look que por um milagre eu havia conseguido escolher sozinha e tinha ficado bonito.



Cath havia me mandando uma mensagem informando que já estava no local. Desci as escadas, chegando na sala e por ajuda do destino, encontrando apenas a minha mãe, que sorriu ao me ver.
- Oi, filha. Está linda, onde vai?
- Vou no McDonalds com a Cath. Cadê meu pai?
- Ele está dormindo, querida, pode ir. Só não chegue muito tarde, por favor.
- Não vou chegar tarde, mãe.
- Como vai pra lá?
- Ah, vou pegar um táxi.
- Tudo bem, querida. Divirta-se.
- Claro, mãe. - Sorri para ela e sai de casa, me sentindo incrivelmente animada com aquela noite.

[...]

Procurei incansavelmente por Cath durante cerca de dez minutos. A droga do celular dela estava dando caixa postal e eu já estava começando a ficar nervosa. Ela disse para que eu não atrasasse e foi a própria que cometeu o erro! Já devia ter esperado por isso.
Quando desisti de procura-la e já estava pegando meu celular para chamar um táxi, sai daquela droga de McDonalds e comecei a andar pelas ruas, até que senti uma mão tocar no meu braço e virei-me rapidamente.

A pessoa que eu vi me deixou em completo estado de choque.

Era o cara de ontem. O integrante daquela banda... Big Time Rush. O cara que havia me oferecido uma carona. Pela primeira vez parei para analisa-lo. E tive que admitir, mesmo que mentalmente, que ele era lindo. Seu cabelo que formava um topete desalinhado estava cobrido pela capuz de seu moletom. Ele tirou os óculos de sol que usava e eu senti um pontada na minha barriga quando encarei seus olhos escuros. Comecei a analisar seu corpo e constatei que ele tinha um belo porte físico, seus músculos eram muito bem definidos.

Droga... Eu estou pensando nisso mesmo?

- Ahn... As pessoas não costumam usar óculos de sol de noite por aqui. - Gaguejei, meio desconcertada. Ele riu e eu me senti mais nervosa ainda.
- É um disfarce. Não é muito aconselhável andar em público quando se é...
- Uma celebridade. - Completei, rindo sem humor.
- Isso. - Ele sorriu. Tinha covinhas. - Bom, você sabe quem eu sou, certo?
- Eu não sei o seu nome. - Murmurei e ele arregalou os olhos.
- O que? Está brincando?
- Ahn... Não, por que? - Perguntei, confusa. Ele riu, como se eu tivesse contado uma piada. Não sabia que eu era tão engraçada assim.
- Bom, eu... Eu achei que você soubesse, sua amiga é fã da nossa banda e...
- Sim, ela é. Mas desculpe te decepcionar, eu não sou. Na verdade, nunca parei para escuta-los de verdade, então talvez eu vire fã de vocês, mas não é o caso agora. - Sorri, dando meia volta para ir embora para casa, mas novamente fui interrompida por ele.
- Uau! Eu não esperava que você fosse agir desse jeito. E a propósito, meu nome é Logan.
- Por que não, Logan? - Frisei bem o seu nome, que na verdade me soava bem familiar. Eu havia até lembrado do seu sobrenome, já que Catarina havia dito uma vez. Logan Henderson.
- Ah, sei lá, não estou acostumado com isso...
- Desculpa mais uma vez por não ser como as garotas que você conhece. - Entortei a boca, irônica.
- Talvez eu não ache isso ruim. - Ele piscou e eu sorri, sem saber o porquê. Talvez era por causa de suas covinhas.
- Sabe, eu adoraria continuar essa conversa mas preciso ir. Acabei de levar um bolo.
- Catarina não veio, né?
- Como sabe? - Franzi o cenho e cruzei os braços. Não me lembrava de ter contado para ele esse fato. O homem riu da minha cara.
- Ela não ia ter te ligado para vocês saírem se não fosse por mim.
- O que quer dizer com isso?
- Pedi para Cath marcar de sair com você, mas na verdade não é com ela que você vai comer um lanche. É comigo. - Logan sorriu maroto e eu escancarei a boca. Como assim? Que merda é essa? Eu vou matar a Catarina! Como ela pode fazer isso comigo? Eu já devia suspeitar, ela não tem um neurônio que funcione corretamente naquela cabeça!
- Você tá de brincadeira comigo! - Eu ri alto, desacreditada.
- Qual o problema, Luisa? - Meu nome soou de um jeito diferente na sua voz e eu senti uma arrepio estranho na minha nuca. É claro que ele já sabia o meu nome. - Você já está aqui, não custa nada sair comigo.
- Eu não sei se a Catarina te disse Logan, mas eu tenho namorado. - Levantei minha mão, mostrando a nítida aliança no dedo anelar. - Eu não sei quais eram seus planos, mas pode esquecer de todos eles imediatamente.
- O que? Porra, ela não me disse isso! - Ele arregalou os olhos e eu quis matar Cath por toda aquela confusão. Ela me paga.
- Olha Logan, vamos esquecer esse mal entendido, tudo bem? Obrigada pelo convite, mas como você pode perceber, não posso aceitar. Boa noite. - E dizendo isso, eu segui pelas ruas enquanto ligava para o táxi. Senti um frio diferente na minha barriga mas preferi ignorar.

LUISA POV OFF

Continua.




Oooooi galera, tudo certo com voces?

Bom, eu sei. Demorei MUITO para continuar a fic e não foi atoa. Gente, eu estou sem inspiração para escrever essa fic. Estou com bloqueio. E sem tempo também, devido a escola. Eu avisei vcs que demoraria para continuar a história mas, acho que demorei mais do que eu mesma achava que ia demorar. Me desculpe. Eu prometo que tentarei postar o mais rápido possível. Mas por favor, entendam que as vezes essa demora toda não é culpa minha.

Enfim, gostaram? A relação do Logan e da Luisa por enquanto não anda nada boa... Catarina é uma louca mesmo HUEHUEH por favor, comentem o que estão achando!! É muito importante para mim e me ajuda muito na hora de escrever.

Xx

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Comentários

  1. Ai que saudade que eu tava de ler,adorei o capítulo
    A vontade que eu tenho de matar o pai da Luisa é enorme meu Deus que cara nojento se surge um desse na minha vida eu saio dando uma voadora nele
    Logan Logan você tinha que ter esperado a Cath terminar de falar tonto senão tinha evitado a situação ali né mas ainda bem que eles se viram novamente porque se isso não acontece não tem graça
    Cath sou eu quando a amiga gosta de alguém e eu já vo empurrando a pessoa em cima da outra e falo antes "ah teu boy ali" mana CONTINUAAAAAAAA e não desanima não tá se desenvolvem bem a história daqui a pouco esse bloqueio passa e você consegue ter mais idéias e mais tempo!!!Beijocas chuchu

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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